Cientistas esto lutando para salvar a milenar rocha “Cabea da Rainha”, de Taiwan, da eroso –mas a ilha est dividida em relao ao uso ou no da tecnologia para preservar a obra-prima natural.
Mais de 3 milhes de pessoas visitam o ponto costeiro em Yehliu a cada ano, batizado pela suposta semelhana com a rainha britnica Elizabeth 1a.
A “cabea” inclinada de arenito, que se impe sobre uma haste delgada. Moldada pela gua do mar e por fortes ventos, a pedra tem seu topo algo semelhante aos cachos da realeza epnima.
Mas, com seus 4.000 anos, a a exposio a esses elementos naturais pode faz-la enfim tombar.
“O pescoo pode se tornar muito fino para aguentar a cabea e pode quebrar nos prximos cinco a dez anos se nada for feito”, diz Hsieh Kuo-Huang, professor do Instituto de Cincias e Engenharia de Polmeros na Universidade Nacional de Taiwan.
“Qualquer tremor de terra forte ou furaco severo pode derrub-la”, diz Hsieh, um dos cientistas que estuda como preservar a rocha.
Pesquisadores dizem que a circunferncia do pescoo est encolhendo cerca de 1,5 centmetro a cada ano, tornando mais difcil de suportar a cabea de 1,3 tonelada.
“O formato da cabea hoje mais elegante”, diz Helena Tang, da empresa que administra o geoparque em que a rocha se localiza. “Mas, infelizmente, no sobra mais muito tempo”.
A equipe de Hsieh tem tentado salvar a formao, de oito metros, usando nanotecnologia para desenvolver tintas que protejam a rocha.
“Nossa anlise mostra que a fora do pescoo pode ser intensificada em at trs vezes, e a resistncia da superfcie eroso poderia ser bastante acentuada”, afirma.
At aqui, a tinha foi aplicada em rochas em volta, e os testes iniciais, em agosto, foram mal sucedidos –a tinta descolou. Desde ento, a receita foi modificada e ainda est sendo testada, segundo Hsieh.
Mas, enquanto os cientistas quebram a cabea, outras pessoas pensam que a natureza deva seguir seu curso.
“Se a paisagem costeira foi desenhada pela eroso, o ciclo de vida da Cabea da Rainha limitado”, diz Pan Han-sheng, ativista do grupo ambientalista Tree Party. “No entendo porque congelaramos isso”.
O geoparque fez uma pesquisa com 1.200 pessoas aleatrias na ilha antes dos testes com a tinta. S 63% apoiaram os experimentos; a pesquisa apontou alternativas menos invasivas, como encapsular a formao em um gabinete de vidro.
