Com um aumento significativo no número de turistas estrangeiros, o setor de turismo no Brasil está experimentando um crescimento notável. No ano passado, o país recebeu 5,9 milhões de visitantes de fora, um aumento de 63% em relação a 2022, e gerou uma receita recorde de US$ 6,9 bilhões para a economia nacional. Esses números já superam os registros pré-pandemia, com 2014 sendo o ano anterior de maior movimentação econômica, alcançando US$ 6,8 bilhões. Além disso, em 2023, o setor empregou mais de 330 mil pessoas, de acordo com dados divulgados pelo CAGED.
Entretanto, apesar desse crescimento promissor, o setor enfrenta desafios significativos relacionados à falta de mão de obra qualificada. Um relatório recente intitulado “Hotelaria em Números“, divulgado pela empresa de gestão de investimentos JLL, revelou que o Brasil enfrenta dificuldades semelhantes às enfrentadas pela indústria hoteleira global no recrutamento de talentos qualificados. É comum que hotéis em todo o país tenham mais de 20 vagas abertas que permanecem sem preenchimento, o que limita ainda mais a capacidade do setor de acompanhar o rápido crescimento da demanda.
Para contornar essa escassez de mão de obra, uma solução emergente está sendo adotada no exterior e começa a ser testada por aqui: a utilização de tecnologia. Empresas como a Quality Systems estão trazendo para o país uma nova geração de trabalhadores – os robôs. Segundo Heleraldo Costa, CEO da Quality Systems, esses robôs não substituem os trabalhadores humanos, mas sim complementam suas funções, trazendo maior eficiência para um setor que precisa crescer rapidamente.
Os garçons-robôs são versáteis, operando em diversos ambientes e realizando tarefas como registrar pedidos, entregar alimentos, receber clientes e até mesmo recolher utensílios usados. Altamente personalizáveis, podem carregar até quatro bandejas de 10 quilos e funcionam por 12 a 15 horas com a mesma carga. Já robô concierge, ideal para hotéis, recebe entregas e as direciona aos quartos dos clientes, integrando-se aos elevadores para uma entrega eficiente. Ambos os modelos possuem softwares adaptáveis ao mercado brasileiro, destacando o país como líder em inovação na hospitalidade. Essa introdução de tecnologia no setor de turismo não apenas ajuda a contornar a escassez de mão de obra, mas também posiciona o Brasil na vanguarda da inovação em hospitalidade.
