Vilarejo francês de Beaune tem museu com adegas

O pequeno e acolhedor vilarejo francês de Beaune  é reverenciado como a capital do vinho da Borgonha, e é um dos mais atrativos passeios em terra para quem faz um cruzeiro fluvial entre Paris e Côte d’Azur.

Localizada na Côte d’Or, no coração dos famosos vinhedos borgonheses, Beaune –com área de 31 km² e pouco mais de 24 mil habitantes– aguça os sentidos dos amantes dos vinhos, aos quais tem muito a oferecer para o aprofundamento nas peculiaridades do culto simbolizado por Bacco –a figura mitológica guindada à imortalidade por conta de ter “inventado” o vinho.

Créditos: Divulgação

Vinhedos em Beaune, Côte d’Or, na França

Em Beaune, o muito a oferecer, na sua maioria, tem estreita ligação com o vinho.  Passeios (inclusive por bicicleta) através de vinhedos, ótimos restaurantes, nos quais é concedida especial atenção à harmonização de vinhos com pratos primorosos, e belos museus –dentre eles, o emblemático Hôtel Dieu, na origem, um hospital de caridade, e que hoje é um museu cercado por 60 hectares de vinhedos que contam entre os mais prestigiados da Borgonha.

A fama do Hôtel-Dieu tem por símbolos as suas impactantes fachadas góticas e a cobertura de telhas policromadas, contudo, é admirável o que pode ser apreciado nos interiores deste museu. Exemplos são as suas adegas –os “cofres” dos famosos terroirs da Côte d’Or; e as caves, lugares de inesquecíveis degustações.

Créditos: Divulgação

Museu Hôtel-Dieu, famoso pela cobertura em policromia e as fachadas góticas

As caves do museu Hôtel-Dieu formam um conjunto de adegas medievais que guardam verdadeiros tesouros originados nos vinhedos de entorno –áreas de denominações de prestígio, tais como Puligny-Montrachet, Meursault, Corton-Charlemagne, raízes dos vinhos brancos; e, dos tintos, Pommard, Volnay, Corton Clos de la Roche, Mazis-Chambertin, Echezeaux e outras tantas.

Com mais de 300 metros de comprimento, parte deste conjunto de adegas está na porção das antigas caves, construídas em 1834 sobre as fundações datadas de 1645.

Créditos: Michel Joly/Tourisme Beaune Pays Beaunois

 

Os apreciadores de história e de arte também têm motivos de sobra para, uma vez em Beaune, visitar o Hôtel-Dieu. Nos seus inúmeros compartimentos, ocupados por mobiliários medievais restaurados, há suntuosas peças decorativas, desde esculturas de dragões que “cospem” vigas transversais multicoloridas; uma notável figura de Cristo esculpida em peça única de carvalho e o famoso retábulo “Juízo Final”, de Rogier van der Weyden.

A cozinha é imperdível, com uma grande lareira gótica como peça central, e um cromale –grande “braço” articulado que permite aproximar ou afastar os caldeirões do fogo.

Créditos: Kloeg008/iStock

Vista dos vinhedos de Beaune

Em uma das salas –a Saint-Louis– há uma belíssima tapeçaria, tecida no início do século 16 em Tournai, Bélgica, a qual mostra, em sete episódios, a encenação da parábola do Filho Pródigo.

Cruzeiros fluviais entre Paris e Côte d’Azur têm, em média, dez noites de duração, com navegação pelos rios Ródano e Saona. Os passeios em terra acontecem em Mâcon, Lyon, Vienne, Tournon, Viviers, Avignon e Arles.

No Brasil, os roteiros completos podem ser solicitados pelo e-mail: [email protected] ou www.avalon.tur.br.

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