Convergência Digital
Luís Osvaldo Grossmann e Carlos Afonso – 20/10/2016
As operadoras de telecomunicações tradicionais praticamente nem são identificadas pelos mais jovens como empresas que os entendem e, mais importante, os atendem. Esse lugar é cada vez mais ocupado por empresas de internet, as chamadas over the top, e é por isso que as teles precisam abraçar a transformação digital de seus negócios.
“Pesquisas que fizemos indicam que apenas 12% dos jovens reconhecem os provedores tradicionais como empresas que reconhecem suas necessidades. Muitos não reconhecem as operadoras como a principal marca fornecedora de serviços, mas sim OTTs e outros players como esse fornecedor relevante. É importante que elas entendam a evolução digital do próprio consumidor para investir em ampliar a experiência dele nesse sentido”, revela o vice presidente de marketing da Amdocs, Jesus Luzardo.
Segundo ele, “a maior parte dos provedores de serviços reconhecem que precisam embarcar nessa transição digital, mas acreditam que essa transformação pode levar cinco anos. Tem que ser muito mais rápido. Cinco anos é tempo demais. Se hoje a provisão de um novo serviço leva três meses, precisa ser feito em três dias. Eventualmente terá que ser em 30 minutos. Terão que realmente endereçar com maior flexibilidade as necessidades dos clientes”, completa.
Como lembra o vice-presidente de estratégia da Amdocs, Vincent Rousselet, “as receitas das operadoras estão estagnando. Elas precisam ter um portfolio de novas iniciativas. Alguns podem ser IoT, outros simplesmente foco no mercado corporativo, ou em serviços financeiros móveis. Mas apostar em apenas uma coisa não é suficiente. É preciso olhar uma multiplicidade de coisas que podem ajudar a crescer e que em combinação com o core do negócio conduz ao futuro.” Assistam a entrevista feita pela CDTV, do portal Convergência Digital, no Futurecom 2016.
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