O vinho vai ter uma cimeira em Portugal… e faz sentido – Diário de Notícias

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O vinho é uma boa fonte de receitas para o país, gera emprego, fixa populações em zonas do interior vulneráveis à desertificação. E (juntamente com a gastronomia) está cada vez mais instalado no núcleo duro da sedução turística portuguesa. Os números são importantes e indiscutíveis, mas há mais: o vinho é também um espaço de arte e paixão. Quando um vinho português é distinguido internacionalmente (algo que tem acontecido com cada vez maior regularidade nos últimos tempos), é a imagem do país que sai reforçada.

A agricultura está a dar um salto extraordinário em Portugal. No curto/médio prazo, a tradicional dependência do exterior pode dar lugar a uma realidade bem diferente, com as exportações do setor a superarem as importações. Cortiça, azeite, frutos vermelhos, tomate – são exemplos de produtos em que os portugueses estão a dar cartas. E o mesmo sucede com o vinho. Depois de décadas de imobilismo, os anos 1990 trouxeram uma intensa dinâmica ao setor, que se modernizou sem perder a sua identidade.

Portugal chegou ao século XXI preparado para ganhar protagonismo internacional e, assim que as tendências do mercado começaram a apontar para uma maior valorização da diversidade e da autenticidade, conquistou um lugar sob os holofotes da opinião pública internacional. As exportações estão em subida desde 2004, independentemente das crises financeiras e das convulsões políticas. Os vinhos portugueses conquistam prémios e distinções, justificam artigos na imprensa, cativam novos clientes. Um processo que tem muitos pontos de contacto com a crescente popularidade turística do país e das suas cidades.

Hoje e amanhã, no Forte da Cruz, no Tamariz, os oradores e convidados da Wine Summit vão encontrar-se com 30 produtores nacionais para os Wine Sunset que marcam o fim de cada dia de intenso programa no Centro de Congressos do Estoril. De copo na mão, com o sol a pintar um horizonte de mar infindável, não é difícil antecipar que muita gente ficará seduzida por este país e pelos seus vinhos. Estes, provavelmente, voltarão em 2018, para a segunda edição da cimeira do vinho. Outros, tantos outros, já aprenderam que Portugal é um país para saborear repetidamente.

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