Não é o Padroeiro, mas tem a Cara do Rio! – por Andréa Nakane

Ele já foi título de telenovela, enredo de escola de samba, está presente em diversos itens comercializados na cidade, de tão amado e venerado acabou tendo seu dia, 23 de abril, como feriado local. Não é padroeiro da cidade, que é São Sebastião, mas é considerado como figura de devoção maior do povo do RJ, conseguindo transpor crenças e acumular simpatias de muitas pessoas. Assim é São Jorge, santo guerreiro que representa a força e garra do povo carioca.

Inicialmente, sua igreja que ocupa uma valorizada esquina da Rua da Alfândega com a praça da República, datada de 1758, foi oriunda de Igreja de São Gonçalo Garcia, porém em 1850, recebeu a irmandade de São Jorge, que, em virtude do péssimo estado de sua edificação, pediu ajuda e acabou sendo acolhida nesse endereço, que desde então ficou conhecido como Igreja de São Jorge, administrada pela Venerável Confraria dos Gloriosos Mártires São Gonçalo Garcia e São Jorge.

São Jorge é um dos Santos mais venerados da Igreja Católica, principalmente na Europa, por ser o Padroeiro de diversos países como, Inglaterra, Portugal, Bulgária, Malta, Etiópia, Grécia, Rússia, Geórgia, Lituânia, Eslovênia, Bósnia, Sérvia, Herzegovina e República da Macedónia, e várias cidades como, Catalunha, Gênova, Ferrara, Arcole, Veneza, Haldem, Amersfoort, Newfoundland e outras.

A visita à igreja tem seu cume na contemplação da gigantesca imagem do santo que tem características tão reais que assemelha-se a uma pessoa em performance de estátuas vivas.

E como a igreja é na esquina do maior centro de compras popular da cidade, o famoso Saara, vale a pena acender uma vela em homenagem ao santo guerreiro, adquirir alguma lembrança em branco e vermelho – cores de São Jorge – e depois partir pelas ruelas da Alfândega para conhecer o primeiro shopping a céu aberto do RJ, onde pechinchas não faltam e personagens do dia-a-dia demonstram com gingado e alegria, características do carioca, que é tão POP quanto o próprio São Jorge.

*Andréa Nakane é carioca, professora universitária e diretora da Mestres da Hospitalidade.

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