O presidente do Consórcio Inframérica, José Luís Menghini, acredita que o Rio Grande do Norte tem força para disputar o hub da TAM com os aeroportos de Recife e Fortaleza. Durante o seminário Motores do Desenvolvimento, na manhã desta segunda-feira (8), ele afirmou que o consórcio já possui planos de expansão para o terminal Aluízio Alves, o que contribuiria com as negociações junto à companhia.

“Temos possibilidade de aumentar o número de fingers (pontes de embarque)”, salientou Menghini. Além disso, um dos diferenciais do terminal é a possibilidade de expansão da área interna. A capacidade do terminal pode chegar a 70 milhões de passageiros/ano, e receber até 30 pousos e decolagens por hora. É a maior capacidade entre os terminais do Nordeste, segundo a Inframérica.

Na visão do presidente, o aeroporto ainda tem como potenciais a parceria já existente entre Inframérica e Latam, no aeroporto de Brasília; ser o primeiro terminal 100% administrado pela iniciativa privada, o que desburocratiza o investimento; o terminal pode se tornar autossuficiente em energia, com capacidade de exploração da energia solar; e ter uma das maiores pistas de pouso do mundo. ““É muito simples para o aeroporto se adaptar às necessidades da TAM, acrescentou.

Para Menghini, porém, o estado precisa resolver duas pendências: a finalização dos acessos ao terminal, ou construção de uma alternativa ferroviária; e o número baixo de passageiros com destino final para Natal.

“Temos grande capacidade hoteleira e de atrações turísticas, mas que hoje estão isoladas e precisam ser interligadas. Precisamos de sinergia entre companhias aéreas, aeroporto e setor turístico”, pontuou.

Menghini é um dos palestrantes da 23ª edição do seminário Motores do Desenvolvimento, que acontece hoje (8), no Versailles Recepções.