Erupção de vulcão interrompe viagem de ciclistas brasileiros no Chile

Erupção de vulcão interrompe viagem de ciclistas brasileiros no Chile (Foto: Arquivo Pessoal/Alexandre Garibaldi)Dupla está hospedada em casa de morador em Pucón, no Chile (Foto: Arquivo Pessoal/Alexandre Garibaldi)

A erupção dos vulcões Calbuco e Osorno, ambos no Chile, interrompeu a viagem de dois ciclistas brasileiros que atravessam o país em uma expedição pela América do Sul. Desde o início dessa semana, Alexandre Garibaldi e Luciane Derrico pararam o trajeto e estão hospedados na casa de um morador local, na espera de que a situação se normalize. Para a dupla, a experiência tem sido “assustadora e encantadora” ao mesmo tempo.

A viagem dos ciclistas, que são de São José dos Campos (SP), teve início em janeiro deste ano em Ushuaia, no Uruguai. Desde então, cruzaram a Argentina e seguem trajeto pelo Chile. No país, passaram pelos dois vulcões no fim de março e mal podiam imaginar o que os esperava quilômetros depois. O vulcão Calbuco, no sul do país, estava inativo havia quase 50 anos e teve duas erupções desde quarta-feira (22).

“Ao mesmo tempo que é encantador é assustador ver o que aconteceu, sendo que dias atrás estivemos passando de bicicleta e acampando [próximo ao vulcão]. Choca um pouco”, conta Garibaldi, de 32 anos. Com as cinzas que encobriram a região, ele a companheira se hospedaram na casa de um morador em Pucón.

Pessoas observam de Puerto Varas, no Chile, a coluna de cinzas e lava do vulcão Calbuco, na quarta-feira (22) (Foto: AFP Photo/Giordana Schmidt)Vulcão Calbuco entrou em erupção na última
quarta-feira (22)(Foto:AFP Photo/Giordana Schmidt)

Mais de 6 mil pessoas que moram nas imediações precisaram ser evacuadas com a situação. As cinzas também atingiram o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Apesar de Pucón não estar na área de evacuação pelas erupções, a população local também teve a rotina afetada. Segundo os ciclistas, a principal orientação do governo chileno é que as pessoas não saiam de casa e as aulas foram suspensas na região, devido à densidade das cinzas que cobrem o céu.

“Acordamos no dia seguinte [da erupção], por volta das 9h30 e parecia madrugada. Somente no fim do dia foi possível ver o Sol e ficamos assustados, um pouco perdidos e sem saber o que fazer”, afirma Garibaldi. Ele e Luciana aguardam as cinzas se dissiparem um pouco mais para seguir viagem, mas continuam lidando com contratempos.

“[Nesta segunda] acordamos com um vento que chegou por aqui, chamado Puelche, proveniente das Cordilheiras dos Andes, e que voltou a levantar e deixar uma névoa de cinzas por toda parte”, conta. A previsão é que o casal deixe Púcon no fim da semana e continue a viagem. Após a expedição pela América do Sul, eles pretendem continuar a viagem pela Índia.

Viagem
O casal prevê continuar viajando por cerca de três anos para cumprir seu destino até o Himalaia. Durante o trajeto, eles contam experiências das viagens por meio de um blog e nas redes sociais, em um projeto chamado no Quintal do Mundo.

 

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