Chiapas une aventura e sítios arqueológicos

É difícil entender como um lugar com tantos atrativos turísticos ainda permaneça como um segredo para a maioria dos viajantes. Mas, atenção, guarde esse nome: Chiapas. Aqui, cachoeiras, rios e lagos de água cristalina, natureza praticamente intocada, ruínas maias daquelas de deixar o queixo bater no chão e a calorosa recepção local vão te fazer elegê-lo o destino de suas próximas férias, podendo conferir de perto o que revelam as fotografias.

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Antes de mais nada, vale a pena entender primeiro onde essa joia está localizada e um pouco de sua população: Chiapas é um dos 31 Estados mexicanos, cuja capital é Tuxtla Gutiérrez. Banhado pelo oceano Pacífico, faz fronteira com os Estados mexicanos de Tabasco, Oaxaca e Veracruz e com o país vizinho, a Guatemala.

Multicultural, aqui habitam 12 dos 62 povos indígenas oficialmente reconhecidos no México. Sendo assim, o território carrega fortes traços culturais dos índios, que por sua vez convive harmonicamente com a herança da cultura espanhola, com os atuais costumes mexicanos e com os residentes estrangeiros.

Aventura

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Chegue pelo Aeroporto de Tuxtla Gutiérrez e encontre seu guia para leva-lo até Chiapa de Corzo, uma cidade localizada a 15km da capital do Estado, e prepare-se para um passeio incrível de barco a motor pelo majestoso Cañón del Sumidero, passando por entre suas paredes rochosas rio acima. Aproveite o trajeto para observar a vida selvagem ao redor, com crocodilos, macacos-aranhas, biguás e garças.

Outra dica é fazer um tour de bicicleta (cerca de 40 minutos) em uma excursão cultural visitando vilarejos. A viagem é apoiada por um veículo que acompanha todo o trajeto e pode ser adaptada aos interesses e preferências do turista. Comece pelo Pueblo Mágico de San Cristóbal, admirando a beleza das ruas coloniais.

DEZALB/Pixabay

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Vista de San Cristóbal

Passe por Zinacantan, uma aldeia Tzotzil Maya, conhecida por suas flores e como única fonte de sal nas terras altas de Chiapas. Visite também San Juan Chamula, que ficou famosa por sua igreja decorada com artefatos e imagens que representam uma mistura Maia e crenças católicas.

Saindo de San Cristóbal, vá para os Lagos de Montebello, para um dia inteiro em meio ao notável agrupamento de mais de cinquenta lagos e lagoas. Cada lago é único em tamanho, forma e cor, que varia de verde-esmeralda ao azul cobalto. Caminhe entre a floresta de pinheiros e os lagos, admirando a dramática vista dos vales baixos. Hospede-se em alguma fazenda de Comitan e jante por lá.

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Não perca também um passeio pela espetacular Selva Lancadona, formada por um bosque tropical cortado pelo rio Usumacinta. Trata-se de uma área protegida onde é possível observar as aves e a vida selvagem, incluindo jaguares e águias, dois símbolos importantes para o Maias.

Na região também está o Arco do Tempo (nomeada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco), onde é possível explorar cânions com uma profundidade de 50 metros, ou atravessar o rio La Venta em uma canoa até chegar a um acampamento na selva. Visite os assentamentos indígenas Lancandones para aprender algo sobre a vida na natureza. No céu as plumas brilhantes das araras vermelhas são de hipnotizar. Definitivamente, não se trata de uma simples observação de aves.

Sítios arqueológicos

Wkimedia Commons

Uma das pirmides na plataforma superior de YaxchilanUma das pirmides na plataforma superior de Yaxchilan

Uma das pirâmides na plataforma superior de Yaxchilan

Yaxchilan é um complexo Maia conhecido por sua localização estratégica (e paisagística) em uma curva do rio Usumacinta. O sítio exibe fachadas ornamentais e estelas (placas de pedra esculpida) que retratam batalhas Maias e cerimônias. Devido a sua localização um tanto afastada, Yaxchilan é menos visitada do que outras ruínas de importância e tamanho semelhante, o que proporciona mais calma e liberdade para explorá-la com um guia local.

Outra opção é Bonampak, um sítio arqueológico que significa “Paredes Pintadas” em dialeto Maia. O local é famoso por mostrar a consagração dos herdeiros da elite dominante, representações de batalhas, sacrifícios e cerimônias e exibe alguns dos melhores murais encontrados nas Américas pré-coloniais. Muitos permaneceram inacabados devido à queda da civilização maia clássica.

Jacob Rus/Wikimedia Commons

Uma das pinturas mais famosas de BonampakUma das pinturas mais famosas de Bonampak

Uma das pinturas mais famosas de Bonampak

Outro local que merece uma visita é o sítio arqueológico de Palenque. Descoberto em 1773, foi um importante centro de religioso durante o auge da civilização Maia, cerca de a 100 a.C. e é considerado a obra Maia mais bem-acabada, com técnicas singulares de arquitetura, como drenagem eficiente e iluminação.  Ainda não está claro o que levou à queda da cidade.

Localizada nas selvas ao pé da Sierra Madre del Sur, Palenque tem construções memoráveis que lançam luz sobre tradições Maias, rituais, cerimônias e espiritualidade. São 500 edifícios ocupando uma extensão de 15 km. Alguns estudos apontam que a civilização Maia que aqui vivia era liderada por mulheres.  Apreciar o Templo de Las Inscripciones, o monumento mais alto de Palenque, e o El Palacio, onde era residência dos governantes é de arrepiar. Este último, acredita-se que foi construído para que a realeza pudesse ver o pôr do sol durante o solstício de inverno.

Divulgação/Visit Mexico

Zona Arqueolgica de PalenqueZona Arqueolgica de Palenque

Zona Arqueológica de Palenque

Para aproveitar ao máximo a visita à Palenque, visite também a cachoeira Mishol-H, a 18 km, com cascatas de até 35 metros, formando uma exuberante piscina rodeada por vegetação.  Passe por trás das quedas d’água, que atuam como uma cortina, e encontre cavernas. Mas esteja preparado para se molhar! Acabará sendo uma pausa agradável para o calor.

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