Créditos: @angelinajolieofficial/Instagram
Angelina Jolie se defende das acusações de abuso e crueldade na seleção de crianças para seu próximo filme
Em uma extensa reportagem sobre Angelina Jolie, a revista Vanity Fair acabou revelando alguns detalhes do processo de seleção de atores-mirins do próximo filme da atriz como diretora, o drama sobre o Cambodja “First They Killed My Father: A Daughter of Cambodia Remembers”, a ser lançado pela Netflix.
A reportagem conta que que as crianças foram obrigadas a encenar uma batalha falsa por dinheiro durante os testes de elenco. Angelina Jolie acabou então sendo acusada de explorar menores que passaram por “experiências difíceis” selecionados em circos, escolas de zonas carenciadas e orfanatos.
“Os diretores de elenco montaram um jogo, bastante perturbador pelo seu realismo: colocaram dinheiro na mesa e pediram à criança para pensar numa coisa que podiam ter com aquele dinheiro e, depois, para roubarem o dinheiro. Depois o diretor fingia que apanhava a criança e esta tinha de inventar uma mentira”, descreve a publicação.
A própria atriz admite em um momento da entrevista sobre a escalação de Srey Moch para o longa que a experiência tinha forçada a criança a reviver momentos traumáticos. “Foi a única criança que ficou olhando para o dinheiro durante muito, muito tempo. Quando a forçaram a devolver o dinheiro, ela ficou emocionada. Quando, mais tarde, lhe perguntaram para que era o dinheiro, ela disse que o seu avô tinha morrido e que a sua família não tinha dinheiro suficiente para um bom funeral”, lembrou a atriz.
Após várias acusações e críticas, Angelina Jolie acabou se pronunciando sobre o caso. Em um comunicado oficial publicado no site Huffington Post, a atriz afirma que “todas as medidas foram tomadas para garantir a segurança, conforto e bem-estar das crianças dos testes de seleção até a finalização da produção.
Jolie ainda explica que o “jogo” proposto na seleção de elenco era apenas um exercício de improvisação baseado em uma própria cena do roteiro do filme.
A atriz e diretora também garante no comunicado que nenhum dinheiro real foi utilizado nos testes de seleção ou na realização do filme, e que país, guardiões, médicos e ONGs parceiras estiveram presentes durante toda a produção.
“Eu estou chateada que um exercício de improvisação tirada de uma cena do filme esteja sendo descrito como se fosse um cenário real”, lamentou. “A sugestão de que dinheiro real tenha sido tirado de uma criança durante os testes de seleção é falsa e alarmante. Eu ficaria indignada se isso realmente tivesse acontecido”, decretou na nota.
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