Alberto Cestroni, presidente da ABR, Antonio Carlos Bonfato, professor do Senac São Paulo, e Ricardo Domingues, diretor executivo da ABR
A Associação Brasileira de Resorts (ABR) apresentou, em conjunto com o Senac São Paulo, o estudo Resorts em Números, com as estatísticas de desempenho do segmento hoteleiro brasileiro em 2017. O levantamento foi feito com base nos 48 empreendimentos associados à entidade e é realizado em parceria com o Senac desde 2012, sob coordenação do professor Antonio Carlos Bonfato.
“A pesquisa é elaborada com a participação do Senac para que nós possamos fazer um panorama mais completo e real de como foi o ano do turismo e quais os caminhos que podemos adotar para os próximos anos, para que seja possível fazer com que o turismo cresça na economia brasileira”, exaltou Alberto Cestrone, presidente da ABR.
De acordo com o levantamento, a diária média obtida pelos resorts ABR em 2017 foi de R$ 892,13, um crescimento de 3,98%. Porém, a taxa média de ocupação nos resorts foi de 59%, 7,13% a menos em comparação ao recorde registrado em 2016 (63,5%).
Segundo Bonfato, essa diminuição entre os dois anos se deu graças à volta do brasileiro ao mercado turístico internacional. “Em 2017 houve estabilização da economia, ou seja, o brasileiro voltou a consumir o produto do exterior. Com isso, houve uma queda na taxa de ocupação, mas não na receita”, afirmou.
Além disso, em 2017, o TRevPAR (Total Revenue per Available Room) também caiu, com decréscimo de 3,4% e média de R$ 526,11. Os melhores desempenhos registrados pelo estudo foram nos meses de janeiro, julho, novembro e dezembro. Os hóspedes utilizaram os resorts para fins de lazer (60,4%), negócios (12,4%) e eventos (17,3%).
Bonfato ainda explica que o valor de alimentos e bebidas nos resorts brasileiros diminuiu, graças à redução de custos. “Esse grupo, há cinco anos seguidos, vinha subindo muito acima da média da inflação e teve 1,87% de queda. Isso quer dizer que caiu o custo por conta da queda da TRevPAR, que resultou na diminuição de gastos com alimentos e bebidas”, declarou.
Para 2018, a expectativa da ABR é uma melhora nos números, com o aumento de turistas internacionais esperados por conta da aprovação do visto eletrônico para países como Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão.
“Uma cópia desses relatórios é entregue a todos os deputados e senadores de Brasília para que eles tenham ideia da dimensão do nosso setor e o impacto dessa atividade na microeconomia. É um trabalho permanente e somos uma das poucas entidades que produz esse conteúdo”, destacou Ricardo Domingues, diretor executivo da ABR.
A versão completa do relatório realizado pela ABR com o Senac São Paulo está disponível no site https://abr-resortsbrasil.com.br/publicacoes/.
