Estratégia do governo Temer em privatizar Santos Dumont e Congonhas não é bem vista por Dilma Rousseff

O governo de Michel Temer afirmou que estuda privatizar os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. As “galinhas dos ovos de ouro” da Infraero poderiam estar com os dias contados, já que a privatização de ambos aeroportos seria uma alternativa do governo para diminuir o rombo nas contas públicas, que ultrapassará os US$ 139 bilhões em 2017.

“É possível que venhamos a privatizar. Congonhas e Santos Dumont vão ser analisados, o que deve dar uma boa soma”, disse Temer à Folha. A reportagem destaca ainda que há dois modelos em discussão sobre o futuro de Congonhas e Santos Dumont – a venda de controle, o que coloca a Infraero como sócia minoritária; e uma gestão privada dos aeroportos, mas com controle nas mãos da estatal. Nesse último caso, a Infraero teria 51% do capital, mas seriam abertas empresas para gerir os aeroportos.

Os dois aeroportos são os responsáveis pela rota mais movimentada do país, uma das mais movimentadas no mundo, e passariam a fazer parte do pacote de concessões que está sendo montado pelo governo interino de Michel Temer. A ideia é de incluir Santos Dumont e Congonhas neste pacote que pretende vender os aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza, o que renderia ao estado uma receita de US$ 4,1 bilhões. Por outro lado, seis aeroportos já estão nas mãos da iniciativa privada, e representam 45% de todo o fluxo do país.