A Santa Sé apresentou nesta terça-feira (14) seu pavilhão na Exposição Universal de Milão, que insistirá na necessidade de alimento para o corpo, mas também espiritual, e ilustrará os compromissos humanitários da Igreja.

Na fachada desses pavilhão de 360 m², enorme bloco branco cuja entrada foi coberta por um grande véu amarelo, as palavras da Bíblia “Nem só de pão vive o homem” e “o pão nosso de cada dia nos dai hoje” serão projetadas em 13 línguas.

No interior, a tela “A Última Ceia” de Tintoretto e a tapeçaria flamenga “A instituição da Eucaristia” de Peter Paul Rubens serão expostas, para ilustrar o tema “Alimentar o Planeta, Energia para a Vida” desta Expo-2015, que será aberta em 1º de maio.

Uma mesa “interativa” de 11 metros, encimado de projetores, será instalada no centro para mostrar os “múltiplos significados” desta peça essencial do mobiliário: mesa de cozinha, de trabalho, de estudo, de celebração sagrada…

Os filmes projetados vão evocar três compromissos caritativas da Igreja no Equador, em Burkina Faso e no Curdistão iraquiano.

O pavilhão, que custou 3 milhões de euros e que foi co-financiado pela Santa Sé, o arcebispo de Milão e a Conferência Episcopal italiana, já está completo, ao contrário de grande parte das instalações da Expo 2015, onde trabalham centenas de pessoas dia e noite a duas semanas da inauguração.

“A presença da Santa Sé será sóbria, por alguns aspectos minimalistas. Ela não promove um produto comercial, mas oferece uma mensagem”, assegurou o cardeal Gianfranco Ravasi, “ministro da Cultura” do Vaticano.

A Santa Sé está presente nas exposições universais desde a primeira, em 1851, e esteve ausente apenas na última, em 2010, em Xangai, devido à ausência de relações entre a China e o Vaticano. (AFP)