Que tal encarar uma onda de 30 metros de atura em Nazaré, Portugal?

Heitor e Silvia Reali, do site Viramundo e Mundovirado

Heitor e Silvia Reali

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Dependendo da estação do ano, da maré e dos ventos, essa praia tranquila tem ondas apocalípticas

O que faz de Nazaré uma cidade tão desejada por viajantes de todo mundo, e destino de sonhos para surfistas? Simples assim: uma onda de 30 metros os espera na Praia do Norte em meados do outono europeu. Nas outras estações as ondas também são colossais com alturas que agradam esportistas em busca de esportes náuticos.

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Como o doutor Jekill e o senhor Hyde, do escritor R. L. Stevenson, a praia do Norte tem dupla personalidade que ali atende pelo nome de Canhão de Nazaré. Uma cara completamente diferente da outra. Dependendo da estação do ano, da maré e dos ventos, essa praia tranquila, extensa, e de areia fina, aciona ondas apocalípticas formadas por um acidente geográfico único, o Cânion de Nazaré.

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Esse fenômeno se deve a um vale submarino de grandes dimensões que se formou ao lado dos rochedos dessa praia e cuja idade geológica coincide com a formação do Atlântico. A explicação para as ondas gigantes não é simples, mas vamos lá: Em alto mar a boca desse cânion é enorme e a água entra em grande quantidade. Porém, perto da praia o vale se afunila e a força da água que passa por esse funil aumenta consideravelmente criando ondas descomunais.
Essas ondas desafiam experiências únicas para surfistas. Foi o caso do havaiano Gareth MacNamara que conseguiu surfar essa onda gigante e da brasileira Maya Gabeira, em 2013, mas que quase morreu afogada.

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Pessoas de toda parte do mundo chegam a Praia do Norte com a intenção de ter a sorte de ver ondas que ultrapassam dezenas de metros e que dão um banho de alegria em sufistas, bodyboards, kitesurfes, windsurfes…

Mas, essa típica vila de pescadores portuguesa, não se resume exclusivamente a praia do Norte. Ela é bucólica, acolhedora, hospitaleira, com diversas alternativas de alojamento, e com pratos à base de peixes e frutos do mar, e entre eles o famoso bacalhau, embora este venha da Noruega.

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Agora se preferir uma praia mais calma, a escolha recairá sobre a que fica diante da vila –praia dos Banhos– que como o próprio nome já entrega, é a ideal.

Mas vale saber que essa praia não existia até o final do século 17, e o mar às vezes inundava as ruas de Nazaré. Depois de vários movimentos sísmicos, o oceano recuou criando uma nova e bela praia.

Hoje, uma das atrações dali vem de uma tradição secular das mulheres que secam o peixe, recorrendo às técnicas utilizadas há séculos. A secagem do peixe surgiu da necessidade de garantir a alimentação para os longos e rigorosos meses de inverno.

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Nazaré, sem dúvida, é um pedaço de terra privilegiado do litoral português, a menos de duas horas de Lisboa. Para isso, basta comprovar subindo no alto do promontório onde se localizam o Santuário de Nsa. Sra. da Nazaré e o Forte de S. Miguel Arcanjo. Dali, em qualquer momento, é possível ver um mar completamente diferente do outro. De um lado a praia do Norte, do outro a praia dos Banhos. E perceber que o mar é o grande homenageado dessa vila portuguesa.

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