Novas colheitas da Quinta do Gradil

As colheitas lançadas são os monovarietais Chardonnay e Viosinho e o bivarietal Sauvignon Blanc Arinto, da responsabilidade da equipa de enologia formada por António Ventura, enólogo chefe e por Vera Moreira, enóloga residente.

A Quinta do Gradil, propriedade de 200 hectares com 120 de vinha, que até meados da década de 1950 foi da família do marquês de Pombal (se não estou em erro era pertença da marquesa viúva do 9º marquês) é desde 1999 pertença do empresário Luís Vieira, administrador do Grupo Parres Vinhos, que em 2000 iniciou o processo de reconversão de toda a área de vinha.

Esta quinta tem tradições na produção de vinho que remontam documentalmente ao século XVIII, quando a propriedade foi parar à posse de Sebastião José de Carvalho e Melo cerca de 1760, quando ainda era só conde de Oeiras (só seria marquês de Pombal em 1770).

Como estamos numa maré de História, diga-se que há referências a esta quinta já desde 1492, quando em 14 de Fevereiro D. Martinho de Noronha, senhor do Cadaval e casado com Guiomar de Albuquerque, 5ª senhora de Vila Verde dos Francos, recebeu de D. João II a carta de doação da jurisdição e rendas do Concelho do Cadaval e da Quinta do Gradil.

O solar da quinta, que actualmente se encontra visivelmente degradado, já tem um projecto de recuperação e será mais um atractivo no departamento de enoturismo da Quinta do Gradil, que actualmente já conta com um restaurante, aberto no que antigamente eram as cocheiras.

Com o plantio em curso de mais alguns talhões de castas brancas, nomeadamente Chardonnay, Sauvignon Blanc e Viognier, a quinta vai ficar muito equilibrada em termos de percentagem de área de tintos e brancos.

Notas de prova: Chardonnay 2015 (6,99 €) – Álcool: 12,5%. Apenas 20% do vinho passou por madeira (metade usada). Vinho com uma excelente frescura. Nada de fruta tropical, ameixa amarela e alguma mineralidade. Bom volume de boca e bom final. Foram feitas 6000 garrafas.

Viosinho 2015 (6,99€) – Álcool: 12%. Boa acidez, muita frescura, fruta de polpa branca e notas químicas de pederneira e fumo. Esta casta não tem historial na região do Cadaval. Foram feitas 12 mil garrafas.

Sauvignon Blanc Arinto 2015 (5,99€) – Álcool: 13%. Castas fermentadas separadamente e depois é feito o lote com 60%/40%, respectivamente. As notas de espargos e relva cortada do Sauvignon são predominantes. Vinho com boa apetência para acompanhar comida. Foram feitas 40 mil garrafas.

Na mesma ocasião foram ainda provados dois vinhos da linha Mula Velha, uma marca em venda exclusiva nos supermercados Continente: o Mula Velha Reserva Branco (6,29€) – Um blend de Fernão Pires, Arinto e um toquezinho de Chardonnay para tempero. 20% estagia em carvalho americano e francês. É um vinho sério, encorpado e cheio, com boa frescura e pronto para acompanhar comida. Foram feitas 150 mil garrafas. Também foi provado o Mula Velha Rosé (4,99) – Feito de uvas Touriga Nacional e Tinta Roriz colhidas propositadamente para rosé. Notas de framboesa e morango. Muito fresco é bom para conversar e para acompanhar maricos ou peixes grelhados, inclusive sardinhas.

 

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