Must, a wine summit começa amanhã em Cascais

Quais são, hoje, alguns dos grandes temas no mundo dos vinhos? Há muitos, mas as vendas online são certamente um dos fenómenos importantes para quem produz e para quem consome vinho. Por isso, o Must – Fermenting Ideas, a wine summit que teve a sua primeira edição no ano passado, está de regresso (dias 20 a 22 de Junho, em Cascais, no Centro de Congressos do Estoril) e promete colocar frente-a-frente os fundadores das duas maiores aplicações de vinho, Heini Zachariassen (Vivino) e Martin Brown (Wine-Searcher).

Este debate, com moderação de Rui Falcão – o crítico de vinhos que é, juntamente com o jornalista Paulo Salvador, organizador do evento, apoiado, entre outros, pela Câmara Municipal de Cascais e o Turismo de Portugal – vai encerrar os trabalhos, dia 22, às 17h, mas antes disso há muito mais.

Entre os participantes anunciados estão nomes como os da master of wine Debra Meiburg, que irá falar de tendências do mercado na Ásia, ou de Charles Spence, professor de psicologia experimental da Universidade de Oxford e especialista em análise sensorial, que explicará a influência que os vários sentidos têm na apreciação de um vinho.

Há, neste Must, muitas perguntas – e, espera-se, muitas respostas. Alberto Antonini, produtor e enólogo italiano, pergunta se “estaremos finalmente fartos dos vinhos extraídos e concentrados”; o francês Michel Bettane interroga-se sobre se “a lógica tradicional dos vinhos franceses será eficaz e inteligível”; Maureen Downey, especialista neste tema, questiona se “a contrafacção de vinho é um perigo real”; e Frank Cornelissen, produtor na Sicília, tenta responder se a “biodinâmica é uma prática sem sentido ou um sinal de respeito pela natureza”.

Vai falar-se de formas de comunicação, com o crítico e autor Robert Joseph a discutir que tipo de media é mais eficaz na comunicação do vinho e um painel de discussão com Felicity Carter, editora da revista Meininger’s Wine Business International, Debra Meiburg, Robert Joseph e o austríaco Willi Klinger, vai debater se “ainda há espaço para a imprensa tradicional do vinho”. Um outro painel, no primeiro dia, discutirá o que pode ser considerado um defeito no vinho, reunindo para isso Michel Bettane, Frank Cornelissen, Gerard Basset, Laura Catena e Alberto Antonini.

Haverá ainda tempo para falar sobre o vinho austríaco (Willi Klinger), as vinhas de altitude (Laura Catena), vinhos de talha alentejanos (Rui Falcão), a escolha entre um grande número de certificações (Gerard Basset), o preço do vinho (Martin Brown), enoturismo (Mariette du Toit-Helmbold) e de como o “storytelling se tornou o grande mantra do vinho mas a maioria das pessoas não sabe o que significa” (com Felicity Carter).

Depois de, no ano passado, terem surgido críticas aos preços do evento, considerados excessivos por muitos, este ano a organização anunciou uma redução significativa, de perto de 60% – assim, o preço é de 300 euros para os três dias de sessões (que começam às 8h e terminam às 18h, com cada orador a falar 45 minutos e a responder a perguntas durante mais 15), coffee breaks, almoços e dois finais de tarde com provas de vinhos no Forte da Cruz. Toda a informação no site www.mustfermentingideas.com.

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