Motivos de sobra para degustar um bom vinho no inverno

A cada ano, turistas de todo o país são convidados a emergir no mundo do vinho e conhecer de perto o Vale dos Vinhedosa  região produtora responsável por aproximadamente 80% dos vinhos elaborados no Rio Grande do Sul.  A qualidade dos vinhos é indiscutível. As uvas, adaptadas ao terroir da região, garantem bebidas de qualidade e em perfeita harmonia com as temperaturas de qualquer estação.

Para o inverno rigoroso da Serra Gaúcha, nada melhor do que um vinho encorpado para aquecer. A elaboração de vinhos tintos é grande destaque no Vale dos Vinhedos, respondendo por cerca de 70% da produção total. Os vinhos da variedade merlot, inclusive, carregam a Denominação de Origem, uma certificação que comprova a qualidade, o estilo e o sabor típicos de um vinho de determinado lugar. A uva, por ter se adaptado plenamente aos solos do Vale, é grande destaque nos rótulos das vinícolas da região.

Fotos: Gilmar Gomes

Fotos: Gilmar Gomes Fotos: Gilmar Gomes

Estação mais fria do ano pede vinhos encorpados. Vale dos Vinhedos conta com mais de 100 rótulos

 

O fato do vinho merlot ser o carro-chefe do Vale dos Vinhedos nos meses de outono e inverno não quer dizer que outras uvas tintas não mereçam destaque. Os vinhos com as variedades marselan, shiraz, alicante bouchet, malbec, egiodola e tannat também caem no gosto dos visitantes e dos apreciadores de vinhos encorpados. São mais de 500 rótulos, entre varietais ou assemblages, de pequenas, médias ou grandes vinícolas e que encontram, inclusive nos restaurantes do roteiro, excelentes opções de harmonização para que a experiência de degustação da bebida seja absorvida por completo.

Harmonização

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Não obrigatoriamente o vinho deva ser apreciado em conjunto com um prato. Porém, a escolha certa da refeição proporciona um proveito maior, tanto da bebida quanto da comida. Segundo Jhonatan Marini, enólogo e sommelier do Grupo Famiglia Valduga, a forma mais tradicional de combinação entre vinhos e gastronomia é por semelhança, na qual se buscam características compatíveis nos itens que compõem a harmonização.

Outra técnica tradicional de contraste é por oposição. A  ideia é que características opostas equilibrem-se. Vinhos ácidos ou tânicos anulam a gordura, enquanto a dulçor do vinho pede pratos salgados.

Alguns exemplos de harmonização com uvas cultivadas no Vale dos Vinhedos, de acordo com as dicas do sommelier:

Marselan é uma variedade versátil, contudo seus taninos finos permitem uma boa harmonização com carnes vermelhas, queijos médios como Gruyère e Emmental e massa ao sugo.

Malbec permite uma série de harmonizações. Quando se apresena estruturado, com taninos firmes, aceita muito bem carnes como cordeiro. Contudo, pode ser um vinho fácil e elegante, harmonizando bem com pizzas diversas, fondue ou simplesmente com uma boa conversa.

Merlot é uma das variedades mais emblemáticas do Vale dos Vinhedos. Embora tenha taninos delicados, é um vinho de características marcantes, harmonizando muito bem com pratos de boa intensidade. Codorna ao molho de vinho tinto pode ser uma boa companhia para os exemplares de médio corpo. Já os vinhos de grande estrutura e com presença de carvalho, são excelentes escolhas para acompanhar o tradicional churrasco gaúcho.

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