Vinícius Lummertz, presidente da Embratur
O presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, participou – na manhã desta sexta-feira (04) – do painel de abertura do Congresso do Festival de Turismo de Gramado. O tema central foi o desenvolvimento do turismo de fronteira, mais especificamente a Rota dos Jesuítas, que integra Brasil, Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai. No entanto, o dirigente destacou a forma como o turismo vem transformando a economia mundial e ganhando cada vez mais importância diante dos governos.
“No caso da rota dos Jesuítas, o desafio do lado brasileiro para consolidar este destino cultural e de fronteira é a infraestrutura”, comentou. “Esta questão, porém, está sendo vista de uma outra maneira no mundo. Descobriram o Turismo para além da palavra, que ainda tem um aspecto lúdico e que carrega mensagem ligada a lazer. Entenderam o verdadeiro significado disso, que é a geração de empregos e melhoria das cidades”, complementou.
Lummertz reconheceu que no Brasil e em parte da América Latina a atividade turística é subvalorizada e lembrou três exemplos emblemáticos de como as maiores economias do mundo, redesenharam o papel do setor. “Nesta semana, o Japão ampliou a meta de 20 para 40 milhões de turistas internacionais. Na França, por conta do elemento terrorismo, Paris lançou um conjunto de medidas para recuperar os visitantes. Em 2012, Obama lançou o Brand USA e convidou o mundo a visitar os Estados Unidos”, destacou.
Para o presidente da Embratur, a compreensão de que o Turismo melhora cidades, gera e produz ambientes de segurança, é uma tendência no mundo. Ele citou ainda um dos obstáculos do Brasil e da América Latina para participar efetivamente desta competição. “Nossas economias são estruturalmente fechadas. É só olhar a participação das importações e exportações no PIB, que é hoje de 20%. A corrida pelo turismo já começou. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que por 200 anos as pessoas foram ao país espontaneamente. Agora, eles estavam sendo convidados”, contou.
Nova Embratur – Na visão de Lummertz, a entrada do Brasil nesta “competição” passa pela modernização do órgão que promove o país no exterior. Para ele, o ambiente de negócios deve facilitar parcerias com estados e municípios, além da iniciativa privada. “Temos uma equipe trabalhando o planejamento estratégico e redesenhando o órgão justamente porque entendemos que que existe uma competição mundial e que precisamos participar”, revelou ele, adiantando que o órgão deverá se chamar Agência Nacional de Turismo – Embratur.
