Cuba e França assinam acordos nas áreas de petróleo e turismo

O presidente da França, François Hollande, se encontra com Fidel Castro em Havana. (Foto: Alex Castro / AP Photo)O presidente da França, François Hollande, se encontra com Fidel Castro em Havana. (Foto: Alex Castro / AP Photo)

Empresas de Cuba e França assinaram nesta segunda-feira (11) em Havana convênios nas áreas de petróleo e turismo durante um fórum de negócios realizado no marco da visita oficial realizada pelo presidente francês, François Hollande, à ilha, informou a imprensa oficial cubana.

O ministro de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro cubano, Rodrigo Malmierca, explicou que os intercâmbios realizados entre empresários cubanos e franceses permitiram identificar “interesses comuns” a fim de impulsionar a cooperação em vários setores.

Na produção de petróleo, Malmierca disse que Cuba se interessa pela participação do grupo empresarial do setor energético Total em um contrato de exploração de risco e produção compartilhada, capacitação de pessoal cubano e modernização da refinaria de Santiago de Cuba, segundo cita a agência “Prensa Latina”.

Na semana passada, diretores da estatal Unión Cuba-Petróleo (Cupet) propuseram relançar seu projeto de exploração petrolífera em águas profundas em sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Golfo do México, onde fizeram estudos geológicos que estimam reservas de 22 bilhões de barris, embora ainda não tenham sido encontradas.

No Fórum Empresarial Cuba-França, encerrado pelo presidente Hollande, as autoridades cubanas promoveram as oportunidades de negócios em diversos setores de sua economia, que requer US$ 2,5 bilhões para tornar sustentáveis as reformas econômicas empreendidas por Raúl Castro.

Representantes do grupo estatal Biocubafarma da ilha promoveram na sessão as associações com empresas francesas para o desenvolvimento clínico e a comercialização de produtos biotecnológicos para o tratamento de diversas doenças no país europeu.

Também foi abordada a possibilidade de constituir empresas mistas na Zona Especial de Desenvolvimento do porto de Mariel, que espera se transformar em um grande centro empresarial e foco de atração do investimento estrangeiro.

A França quer intensificar suas trocas comerciais com a ilha, que em 2014 foram cifradas em 180 milhões de euros, um número um pouco inferior ao do ano anterior e afastado dos fluxos que mantém com outros parceiros europeus como Espanha, Holanda ou Itália.

Embora os números de comércio sejam modestos, a França já é o terceiro investidor europeu na ilha com a presença de importantes companhias como a de bebidas Pernod Ricard, a hoteleira Accor e a companhia aérea Air France.

Na sua visita a Cuba, o presidente François Hollande viajou acompanhado de altos diretores destas empresas que querem ampliar sua presença na ilha e de outras que desejam aproveitar as oportunidades no país, como o grupo de distribuição Carrefour e o de telecomunicações Orange.

Hollande se reuniu com os irmãos Castro. Primeiro encontrou Raúl. Depois, falou com Fidel, em uma reunião histórica.

Em novembro do ano passado Cuba apresentou uma pasta de negócios para captar investimento estrangeiro que incluía 246 projetos para encorajar sua frágil economia, que no total requer US$ 8,7 bilhões em setores como energia, turismo, agroalimentação e indústria.

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