Brasil é esquecido em evento de turismo em Madri

O preo das passagens areas est subindo ou elas esto cada vez mais baratas? Descontando a desvalorizao do real em relao ao dlar, a resposta depende de para quem voc perguntar”

Se for para Michael O’Leary, diretor-executivo da Ryanair –que praticamente inventou o mercado de passagens areas baratas–, as companhias tradicionais s aumentaram seus preos de 2012 para c e tm um nico objetivo: tirar at o ltimo centavo dos passageiros.

Se fizer a mesma pergunta para Tony Tyler, diretor-geral da Iata (Associao Internacional de Transporte Areo), vai achar que os preos, na verdade, esto baixando. Ns, no Brasil, que ainda no pudemos experimentar o que realmente uma empresa area de baixo custo, tendemos a concordar com O’Leary.

Mas, segundo ele, tudo pode mudar em breve. Quando algum perguntou sobre a possibilidade de a Ryanair inaugurar um voo transatlntico por, digamos, US$ 50 (R$ 150), sua resposta foi fulminante: “Por que no pensar em um bilhete por US$ 10 (R$ 30)?”, questionou. Ele pode estar sendo apenas um marqueteiro, mas este o cara que virou de cabea para baixo o cenrio mundial da aviao comercial…

Ser que passagens mais baratas aumentariam o interesse de estrangeiros pelo Brasil? O debate entre O’Leary e Tyler aconteceu no evento promovido pela “The Economist”, em Madri, que incomodou este observador brasileiro no por algo que estava presente, mas ausente: justamente o Brasil (e a Amrica Latina, em geral).

Logo na abertura, Taleb Rifai, secretrio-geral da UNWTO (Organizao Mundial do Turismo, na sigla em ingls) deu um dado interessante. Em 1950, havia cerca de 25 milhes de pessoas viajando pelo mundo. Em 2014, j ramos quase 1 bilho de viajantes! Impressionante, no ? Ainda mais quando ele completa que 50% dessas pessoas viajam para pases em desenvolvimento. A vem o choque.

Seus exemplos de destinos vo da frica ao Sudeste Asitico. E o Brasil no foi lembrado nem uma vez. Os maiores responsveis pelo crescimento nas viagens recentemente foram os chineses. Rifai falou em russos, indianos, europeus do leste… S no falou de brasileiros.

O lado positivo disso que temos uma grande oportunidade de crescimento a. A Copa talvez tenha ajudado a mudar isso, e toro para que a Olimpada reforce nossa imagem positiva. Mas, por enquanto, somos apenas uma curiosidade –ou uma oportunidade desperdiada num universo de turismo que no para de crescer.

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