Bleisure: conheça o novo modelo empresarial que mistura negócios e lazer

Mrcio Fernandes

Márcio Fernandes

“Viver a vida intensamente é obrigatório”.  É assim que Márcio Fernandes, diretor-presidente da Elektro, começou a palestra “Bleisure (Business Leisure) – Desenvolvendo a cultura da Gestão de Viagens baseada na satisfação dos seus viajantes”. Segundo o executivo os antigos modelos de empresas que seguem os ideais tradicionais estão fadados à falência. “É necessário um novo modelo de empreendimento, em que os funcionários tenham um motivo para querer estar lá”, explica. O objetivo é que os funcionários queiram estar na empresa e se divirtam com o trabalho, agregando prazer aos momentos de negócios.

Mas para quê?

A tendência vem na demanda da nova geração de consumidores Y, Millenials e Z, que – ao contrário das antigas gerações – desejam menos trabalho com melhor qualidade de vida. “Essa nova geração é ansiosa, eles querem ser diretores logo, vencer logo na vida para conviver mais com a família.Eles não querem tudo amanhã. Eles apenas desejam evitar sofrer o que sofreram quando crianças, quando não tinham a presença dos pais, que estavam sempre fora trabalhando”, opina o presidente da companhia que foi eleita duas vezes a melhor empresa brasileira para se trabalhar e cujo índice de satisfação de seus colaboradores é de 99,3%.

Mas como fazer essa mudança?

Segundo o executivo os valores de pensamento estratégico, inovação, dinamismo, resiliência e disciplina e foco em resultado continuam, entretanto agregando qualidade de vida, protagonismo real, autonomia, sentido no que faz e sendo feliz.  “A empresa que entender que pode encaminhar para um novo modelo, conseguirá funcionários mais empenhados que farão as coisas com carinho. Experiência não tem preço”, enfatiza Fernandes que aponta os quatro pilares para a transformação do processo: acreditar, praticar, melhorar, compartilhar. Para se manter no mercado é importante aderir às novas ideias e desejar se reinventar a todo momento. “Queremos ser o uber da energia elétrica.

Na linha das práticas obrigatórias está a simplificação de processos e desburocratização das áreas. Incluir os colaboradores em todos os processos e ouvir as demandas e reclamações ajuda a criar um ambiente mais proativo e leve. “Se a vida do funcionário melhora, a da empresa melhora. Melhorar é consequência. Queremos motivar o desejo genuíno de protagonismo e superação”, esclarece.

E dá resultado?

Fernandes explica que foi necessário rever todos os procedimentos e políticas da empresa, mas que em um ano a Elektro deixou de ser uma empresa anônima para uma das mais bem vistas do país. A economia? De aproximadamente 30% das despesas, sendo destes 50% referente a processo que foram abolidos. “Tinham mais de mil processos. Hoje temos 69. Ficou mais simples. E com os profissionais motivados, a produtividade subiu. Foi uma economia de R$ 120 milhões em despesas”, finaliza.

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