Apesar do frio, São Francisco do Sul leva visitantes para o mar

O vento gelado que sopra do mar cria uma cena pitoresca: perfilado no porto, um grupo de dez turistas com cachecis e luvas de l observa barcos de pescadores sumindo no horizonte cinzento.

Longe dos clichs de turismo de inverno no Brasil, que geralmente envolvem fondues e lareiras em um chal aquecido, So Francisco do Sul (SC) acolhe cada vez mais pessoas dispostas a enfrentar temperaturas inferiores a 10C e bater o queixo ao ar livre.

A cidade, acostumada a ser um dos destinos tursticos favoritos do litoral norte catarinense no vero, v seu movimento aumentar tambm no inverno graas ao Festival de Dana de Joinville, que acontece neste ano entre 22 de julho e 1 de agosto. A distncia de 45 km entre os dois municpios incentiva os espectadores do evento a fazerem um bate-volta em So Chico.

Para chegar, as opes so ir de carro, nibus (Catarinense; ida por R$ 11,93) ou barco (Marinebus; R$ 12 o trecho).

O ideal comear o passeio logo cedo pelo centro histrico, com 400 casas coloridas tombadas pelo Iphan (Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional) em 1987, e tomar um caf em um dos restaurantes com vista para a baa de Babitonga –no se assuste se parecer que voc foi teletransportado para Paraty (RJ); as cidades so realmente muito parecidas.

Principalmente quando o assunto a igreja matriz Nossa Senhora da Graa. Com as primeiras paredes levantadas no sculo 17 e um ptio frontal transformado em campinho de futebol pelos meninos da cidade, ela tem arquitetura semelhante s construes da “prima” fluminense.

Se der tempo, o mercado municipal tambm vale uma batida de perna. Inaugurado em 1900, ele hoje um pequeno centro gastronmico que abriga peixarias, lojas de artesanato, mercearias e restaurantes com mesinhas do lado de fora. Outra opo para o horrio a menina dos olhos da cidade: o passeio de barco pelas ilhas da baa.

Diariamente, s 10h30, uma embarcao fantasiada de corsrio pirata visita 14 ilhas da regio e faz parada para observao de golfinhos. O passeio dura quase trs horas e custa R$ 30. preciso, porm, estar preparado para enfrentar um trajeto inteiro com clssicos da msica brasileira contempornea no ltimo volume –elas vo de “Show das Poderosas”, de Anitta, a “Beijinho no Ombro”, de Valesca Popozuda.

Para quebrar o clima, reserve a tarde para o Museu do Mar. O lugar abriga a histria da navegao brasileira em 10 mil m, com barcos usados em diversas regies do pas, informaes sobre pesca e caa de baleias e at uma sala dedicada s jornadas do navegador Amyr Klink.

Valem os R$ 5 da entrada –at porque ser uma das nicas oportunidades do dia para dispensar a blusa de frio.

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