Air France: nova greve é convocada para os dias 03 e 07 de abril

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Air France pode enfrentar mais 48 horas de paralisação

A direção da Air France recebeu uma péssima notícia nesta terça-feira (27). Além da greve dos dias 23 e 30 de março, que já paralisou cerca de 25% das operações na última semana, os sindicatos ligados aos pilotos e pessoal de terra da Air France anunciaram mais dois dias de braços cruzados: 03 e 07 de abril. A ideia é voltar a pressionar a companhia pelo aumento de 6% dos salários, algo que tira o poder de compra dos funcionários desde 2011.

As informações são do portal francês Le Figaro. “Vamos endurecer o ritmo do movimento em resposta à liderança da Air France que não forneceu uma resposta concreta às exigências expressadas nos dias 22 de fevereiro e 23 de março”, dise um comunicado das organizações de pilotos SNPL, Spaf e Alter, e dos sindicatos do pessoal de terra (CGT, FO e SUD). Ainda de acordo com o presidente do sindicato nacional dos pilotos comerciais, Philippe Evain, a greve pode até afetar as operações da Joon, filiada da Air France, embora Hop! e Transavia não devam sofrer.

Esta terça-feira (27) pode ser cirúrgica para Air France, visto que os sindicatos que representam os pilotos (SNPL e Spaf) se encontrarão com a direção da companhia francesa, que por sua vez condena este novo apelo de greve. A Air France pede que os sindicatos privilegiem o diálogo. No entanto, até o momento, as tentativas da direção de encerrar o conflito foram em vão. Isto porque, a companhia prometeu eliminar qualquer perda do poder de compra desde 2011 e se mostrou disposta a abrir uma negociação com os sindicatos dos pilotos, mas nada agradou.

Na última semana, o CEO da Air France, Jean-Marc Janaillac, assumiu que a direção não pode ir muito além do que já foi proposto em termos de remuneração. Pilotos, pessoas de solo e manuntenção exigem um novo aumento geral de salários de 6%. De acordo com Janaillac, a direção já propôs “uma medida de aumento geral de salários, o dobro de incentivos e uma compensãção pela perda do poder de compra”. No entanto, “não podemos ir mais longe porque não queremos sacrificar o futuro da Air France e colocar em perigo nossos acionistas”, disse o CEO.

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