7 destinos inusitados para ver neve na Argentina e no Chile

Quando os brasileiros começam a planejar as suas férias de inverno com a intenção de se divertir na neve, os primeiros destinos que vêm à cabeça são Bariloche e os arredores de Santiago, dotados de estações de esqui e de ótima infraestrutura turística. Vale saber, no entanto, que a Argentina e o Chile dispõem de inúmeras localidades para aqueles que buscam o contato com a neve.

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Puerto Natales  a porta de entrada para o excepcional Parque Nacional Torres del PainePuerto Natales  a porta de entrada para o excepcional Parque Nacional Torres del Paine

Puerto Natales é a porta de entrada para o excepcional Parque Nacional Torres del Paine

Seja para sentir o clima e brincar na neve, para caminhar e passear sem compromisso, para ter as primeiras aulas de esqui ou para levar os primeiros tombos no snowboard, as cidades listadas a seguir oferecerem atividades para todos os gostos – além de ficarem especialmente charmosas na estação mais fria do ano.

E o melhor de tudo: como são destinos menos convencionais e com uma estrutura mais modesta, os preços de acomodação e passeios costumam ser bem mais em conta!

O pessoal do site Skyscanner, buscador de passagens aéreas, hotéis e aluguel de carro, fez uma seleção de destinos onde é possível aproveitar a neve nos nossos vizinhos sul-americanos!

San Martín de Los Andes

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Situada a 190 km ao norte de Bariloche, é um autêntico vilarejo de montanha, repleto de casinhas de madeira e pedra e com um clima de cidade pequena.

Às margens do lago Lácar, San Martín tem como principal atrativo a Rota dos Sete Lagos, que inclui também os lagos Machónico, Flakner, Villarino, Escondido, Correntoso e Espejo e que segue em direção à cidade de Villa La Angostura. Desde meados de 2015, o caminho está inteiramente pavimentado, o que facilita o trajeto para viajantes em veículo próprio.

A grande atração do inverno é o Cerro Chapelco, um centro de esqui a 17 km da cidade. Além de pistas para todos os níveis, o complexo oferece passeios de moto de neve, trenó e caminhada com raquetes.

El Bolsón

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Na província de Río Negro, a 120 km ao sul de Bariloche, essa cidadezinha se encontra num vale em meio a imponentes morros e montanhas, como o Cerro Piltriquitrón, com 2.260 m de altura.

El Bolsón foi reduto de hippies nos anos 70 e muito dessa ideologia sobrevive até os dias de hoje, por meio de moradores que buscam sua subsistência em harmonia com a natureza. Não à toa, o cultivo orgânico predomina por aqui.

Os atrativos são as belezas naturais da região: rios de águas cristalinas, lagos glaciais, morros e bosques nativos. No inverno, se destaca o Cerro Perito Moreno, uma pequena estação de esqui sem grandes luxos.

Esquel

Esquel Trevelin/Pinterest

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Localizada no noroeste da província de Chubut, a 280 km de Bariloche, esta é uma cidade pacata, aos pés da Cordilheira dos Andes

Apesar de não ter uma data de fundação, Esquel surgiu no final do século 19 com o povoamento de colonos galeses. As duas principais atrações são o Parque Nacional Los Alerces, uma área com lagos e bosques infindáveis, repletos de árvores centenárias –o Alerce Patagônico, típico da região, pode viver até 3 mil anos–, e o centro de esqui La Hoya, a 15km da cidade. O lugar pode não ter a pompa de outras estações de esqui, mas tem uma boa estrutura e ótimas condições climáticas.

Outro passeio bastante popular na cidade é tomar o pitoresco trenzinho a vapor que vai de Esquel a El Maitén –o trajeto mais popular entre os turistas é aquele que vai até Nahuel Pan, uma colônia de descendentes mapuches. Os vagões de madeira cruzam áreas completamente desertas, marcadas pela incrível paisagem.

Cajón del Maipo

Artescétera

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Em julho, as temperaturas são mais baixas e a chuva, sob a forma de flocos de neve, é constante

Essa região montanhosa, localizada ao sudeste da Região Metropolitana de Santiago, reúne cânions, montanhas, penhascos e maciços, cercados por rios e lagunas.

Cajón del Maipo costuma ser visitado como um passeio de um dia a partir da capital, principalmente no verão, época em que é comum a prática de trekking, cavalgada, escalada, caiaque e rafting.

Em julho, as temperaturas são mais baixas e a chuva, sob a forma de flocos de neve, é constante, impossibilitando algumas dessas atividades. A paisagem, no entanto, não poderia ser mais bonita.

A cidade com maior estrutura é San José de Maipo, a 55 km de Santiago. Na região é possível fazer trilhas pelo Parque Nacional El Morado, esquiar na estação de Lagunillas, ver lagos azul turquesa em Embalse el Yeso e visitar termas vulcânicas em Baños Morales, Bãnos Colina e Termas del Plomo.

Pucón

Divulgação/Turismo Chile

Cercada pelo lago e vulco Villarrica, Pucn  o destino ideal para quem procura aventura e contato intenso com a naturezaCercada pelo lago e vulco Villarrica, Pucn  o destino ideal para quem procura aventura e contato intenso com a natureza

Cercada pelo lago e vulcão Villarrica, Pucón é o destino ideal para quem procura aventura e contato intenso com a natureza

A 780 km de Santiago e 100 km de Temuco, local onde se encontra o aeroporto mais próximo, Pucón é uma cidade encantadora, situada às margens do lago Villarrica, com uma vista esplêndida para o vulcão de mesmo nome.

Pequena e acolhedora, também é um destino popular no verão, uma vez que seu principal atrativo, o trekking que leva ao cume do vulcão, com 2.874 m de altura, é particularmente difícil durante o inverno – apenas aqueles que têm prática em montanhismo devem tentá-lo. Ainda assim, é possível fazer caminhadas pela base do vulcão e aproveitar o centro de esqui nele instalado, a preços bem convidativos.

Outra atração imperdível são as piscinas de águas termais. Diversos complexos, como as Termas de Huife, as Termas de Menetúe, as Termas de Panqui, Termas de Palguin e Termas de San Luís oferecem estrutura e serviços diferentes.

As mais recomendadas dispõem de piscinas e poços artificiais em meio à natureza, como as Termas de Los Pozones, a 35 km de Pucón, e as Termas Geométricas, no Parque Nacional Villarica, a 80 km da cidade. Esta última merece destaque pela esplêndida arquitetura e paisagismo: uma longa passarela de madeira, pintada de vermelho vivo, ziguezagueia bosque adentro, em um cenário enevoado pelo vapor das águas quentes.

Chillán

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A 400 km ao sul de Santiago, Chillán é um destino de inverno consolidado no Chile –por isso, não espere preços tão acessíveis.

Por décadas, a cidade foi conhecida por seu spa, retiro para tratamentos de saúde, graças às propriedades medicinais de suas termas vulcânicas e à excelência dos serviços oferecidos pelos hotéis da região, como hidroterapia, reiki, shiatsu, aromaterapia e lamaterapia (à base de lama de solo vulcânico).

Nos últimos anos, passou a atrair viajantes interessados em esportes na neve, como esqui, mountain bike, snowboard, trekking e escalada.

Encravado em um belíssimo trecho da Cordilheira dos Andes, o centro de esqui tem mais de 30 pistas, das quais 8 são de nível iniciante, distribuídas em altitudes que variam entre 1.500 e 2.400 metros.

A região conta ainda com uma vasta oferta gastronômica, com bons restaurantes e cafés, e hotéis variados, para todos os bolsos –quem quer economizar, pode se hospedar na cidade e fazer de carro o trajeto às termas e às pistas de esqui.

Puerto Natales

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Puerto Natales  a porta de entrada para o excepcional Parque Nacional Torres del PainePuerto Natales  a porta de entrada para o excepcional Parque Nacional Torres del Paine

Puerto Natales é a porta de entrada para o excepcional Parque Nacional Torres del Paine

Poucos turistas têm coragem para encarar o inverno no sul da Patagônia. Aqueles que o fazem são recompensados com algumas das paisagens mais incríveis do mundo, praticamente sozinhos.

Situado a 250 km de Punta Arenas, única cidade no extremo sul do país que conta com aeroporto, Puerto Natales é a porta de entrada para o excepcional Parque Nacional Torres del Paine, aberto ao longo de todo o ano (e incrivelmente lotado entre dezembro e março).

Em julho, as condições climáticas não são tão adversas quanto muitos costumam pensar: o incômodo vento, onipresente durante o verão, dá uma trégua e as temperaturas oscilam entre 6ºC e -2°C. Além disso, os dias costumam ser claros, com ótima visibilidade. Embora alguns refúgios e acampamentos no parque fechem entre os meses de junho e agosto, a maioria dos hotéis permanece aberta, oferecendo os mesmos serviços.

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