Um ano depois da Copa, obras de turismo continuam paradas em MT

Revitalização da Salgadeira teve início em janeiro de 2014 (Foto: Reprodução/TVCA)Revitalização da Salgadeira teve início em janeiro
de 2014 (Foto: Reprodução/TVCA)

A Copa do Mundo de 2014 terminou há um ano, mas algumas das obras que deveriam ter ficado prontas a tempo do Mundial ainda não foram entregues pelo governo de Mato Grosso. Projetos como o da revitalização do Complexo da Salgadeira, na MT-251, e a implantação de pontes de concreto na rodovia Transpantaneira ainda não saíram do papel e deverão agora ser tocadas pela atual administração estadual.

“Perdemos, durante a Copa do Mundo, uma grande oportunidade de mostrar as belezas de Mato Grosso para o mundo. Foi uma falha grave não conseguir executar esses projetos. Mas vamos recuperar o tempo perdido”, declarou o secretário-adjunto de Turismo de Mato Grosso, Luis Carlos Nigro. O G1 listou abaixo algumas dessas obras que não ficaram prontas e a situação atual.

Salgadeira
A revitalização do complexo, que é um dos principais pontos turísticos de Mato Grosso, teve início em janeiro de 2014 e está parada. Falhas no projeto e uma suposta falta de resposta por parte da extinta Secopa (Secretaria da Copa) para esses problemas fizeram que a construção fosse paralisada.

A obra da Salgadeira foi orçada em R$ 6 milhões e a empresa já recebeu R$2 milhões pelos serviços já executados. De acordo com levantamento feito pelo estado, seria necessário pelo menos um aditivo de R$ 2 milhões para execução total. Conforme o ultimo cronograma físico-financeiro, a revitalização deveria ter terminado em outubro de 2014 – portanto, quatro meses depois do Mundial.

Pontes na Rodovia Transpantaneira no Pantanal de MT estão danificadas com a chegada das chuvas (Foto: Reprodução/TVCA)Pontes na Rodovia Transpantaneira no Pantanal
de MT estão danificadas
(Foto: Reprodução/TVCA)

Transpantaneira
A rodovia, que liga a cidade de Poconé a Porto Jofre, cortando o Pantanal , tem 120 pontes. Como muitas têm risco de cair, o estado havia se comprometido a instalar 31 pontes de concreto ao longo da Transpantaneira. Porém, isso não foi feito porque foi dada a ordem de serviço sem que o recurso para tal fosse aprovado, segundo o secretário.

E, mesmo depois que essa verba foi aprovada, disse Nigro, houve uma diferença entre aquilo que foi feito e o que estava sendo cobrado. “As empresas cobraram uma coisa e depois foi visto que não era bem aquilo que tinha sido executado”, explicou o secretário. A instalação das pontes está parada e ainda não houve pagamento do recurso aprovado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), que é de 1,2 milhão.

Obras em aeroporto de Rondonópolis foram paralisadas (Foto: Reprodução/TVCA)Obras em aeroporto de Rondonópolis estão
paralisadas (Foto: Reprodução/TVCA)

Aeroporto de Rondonópolis
A ampliação da pista de pouso do aeroporto de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, foi aprovada pelo BNDES em agosto de 2013, mas teve a obra paralisada em setembro de 2014 pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), depois que foram encontradas irregularidades na construção.

Alguns dos problemas foram nos serviços de drenagem e pavimentação, além de deficiências no projeto básico, sobrepreço em planilhas de custo em mais de R$ 13 milhões, e superfaturamento dos serviços medidos e não realizados em mais de R$ 3,9 milhões. Ainda não há previsão de quando a obra terá continuidade. Por mês, passam pelo aeroporto cerca de 7,5 mil passageiros.

Memorial Marechal Cândido Rondon, em Mato Grosso. (Foto: Reprodução/TVCA)Memorial Marechal Cândido Rondon.
(Foto: Reprodução/TVCA)

Memorial Rondon
Localizada na comunidade de Mimoso, em Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá, a obra foi iniciada em 2000 e até hoje não estão prontas. A conclusão também estava prevista para a Copa do Mundo de 2014, o que não ocorreu. Em dezembro de 2014, foi aprovado o financiamento de R$ 1,2 milhão para a obra. Em janeiro deste ano, o governo anunciou a retomada da construção.

A execução financeira até agora é de 2,9 % (R$ 86,7 mil) do total aprovado pelo banco. Ainda não há prazo para a entrega.

MTs 241, 442 e 060
A recuperação da MT-060, que liga Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, a Poconé, distante 104 km da capital, está com quase 130 dias de atraso. Porém, segundo o estado, está em fase de finalização. Já foram pagos R$ 16 milhões do total aprovado de R$ 17 milhões. Não há data prevista para a entrega da obra.

Outras obras em rodovias que estão paradas são as da MT-241 – atrasada há mais de 600 dias – e a MT-442, que teve o ritmo diminuído por estar em fase de finalização. No caso da MT-241, já foram pagos R$ 12,3 milhões do recurso de R$ 21 milhões aprovado pelo BNDES.

O custo total da MT-241 deveria ser de R$ 37,5 milhões, mas a empresa responsável pediu aditivo de R$ 5,9 milhões. Na MT-442, foram pagos 85%, o que equivale a R$ 7 milhões, do valor aprovado pelo BNDES, que foi de R$ 8,3 milhões, segundo informou o governo do estado.

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