As recentes e graves falhas nas operações da Ryanair acabaram custando caro às suas projeções. Na última semana, a low-cost irlandesa anunciou sua retirada imediata da corrida para garantir certa participação na Alitalia. Como divulgado pelo ME, a credibilidade e legitimidade da low-cost foi colocada a prova pela Alitalia por conta dos exatos 702 voos para a Itália que serão cancelados até o fim de outubro. Na ocasião, dúvidas sobre a capacidade da companhia de “reviver” a Alitalia começaram a surgir.
Em nota, a Ryanair disse que para corrigir totalmente o caos causado pelos voos cancelados decidiu descartar todo os interesses de sua administração, a começar pelo fim da possível negociação com a transportadora italiana. “Notificamos os executivos da Alitalia que não iremos mais manter nosso interesse na Alitalia ou realizar qualquer nova oferta pela companhia”, disse o CEO da Ryanair, Michael O’Leary.
A ideia da Ryanair com a possível aquisição da Alitalia era alimentar as rotas de longa distância da aérea italiana com suas operações domésticas e já capilarizadas por toda a Europa. Em outras palavras, a Ryanair poderia virar uma alimentadora oficial doméstica da Alitalia para a realização de voos internacionais de longa distância, um processo em que todas sairiam ganhando. No entanto, tudo “foi por água abaixo”.