Pesquisador cria ar condicionado que funciona com energia solar

No verão, equipamentos que resfriam o ar se transformam no principal objeto de desejo das famílias brasileiras. O grande problema está no alto consumo de energia desses equipamentos, que impedem a maioria das pessoas de utilizá-lo na frequência desejada, com receio de uma conta de luz impagável no final do mês. Para criar uma alternativa mais acessível e ambientalmente correta, Shanhui Fan, engenheiro elétrico da Universidade de Stanford, nos EUA, e sua equipe de pesquisadores iniciaram em 2013 uma estudo para criação de um sistema de ar condicionado que funciona com energia solar.

Créditos: Norbert von der Groeben/Universidade de Stanford

Reflexo da superfície ótica mostra os pesquisadores Shanhui Fan (esq.), Aaswath Raman e Eli Goldstein (dir.)

A tecnologia, chamada de “SkyCool Systems”, consiste em um telhado de superfície ótica capaz de refletir luz solar e devolver o excesso de calor ao espaço, um sistema semelhante a um espelho, porém bastante mais moderno e complexo.

Créditos: Aaswath Raman/Universidade de Stanford

Placa de refrigeração desenvolvida por Shanhui Fan

Publicada em 2014, a pesquisa comprovou, por meio de testes em Las Vegas, na Califórnia (EUA), não só capacidade de resfriamento de um ambiente, mas também da água em até 5 graus abaixo da temperatura ambiente durante três dias, sem uso da eletricidade.

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Para aliviar o calor escaldante do verão, os pesquisadores também calcularam quanto os painéis poderiam ser aliados do ar-condicionado tradicional em condomínios. E novamente o resultado foi positivo: o sistema arrefecido com painel economiza 14,3 megawatts-hora de eletricidade, uma redução de 21% na eletricidade usada para resfriar um prédio.

Com o sucesso da pesquisa, Fan e sua equipe continuam fazendo novos estudos na área de resfriamento radiativo. Agora, a pesquisa tem foco na criação de um revestimento para aumento da eficiência de células solares.

“É muito intrigante pensar no universo como um imenso recurso para resfriamento e em todas diversas as ideias interessantes e criativas que podemos descobrir para tirarmos proveito disso”, conclui o engenheiro elétrico de Stanford.

Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.

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