Patagônia argentina abriga alguns dos maiores dinossauros do mundo

Por Heitor e Silvia Reali, do site Viramundo e Mundovirado

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Chubut, Neuquén e Rio Negro. Guarde bem estes nomes se a história dos dinossauros for de seu interesse. Uma viagem por estas províncias localizadas na Patagônia argentina nos faz saltar 300 milhões de anos e vislumbrar os primórdios da história natural de nosso planeta.

Na minha opinião essas regiões são um deserto belíssimo, uma interminável meseta em tonalidades ocres e cinzas, com horizontes a perder de vista, e onde todas as aventuras podem acontecer. Fui em busca das histórias dos fósseis dos maiores dinossauros já encontrados em todo o mundo. Ali, sob uma paisagem lunar, tendo o vento como amigo frequente, se esconde um dos depósitos mais ricos e diversificados desses fósseis do período Cretáceo (145 a 65 milhões de anos atrás), do planeta.

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Em Trelew, o interior do importante Museu Paleontológico Egidio Feruglio, nos transporta a um mundo fantástico desde 250 até 60 milhões de anos atrás, quando os dinossauros desapareceram da face da Terra. Em suas amplas dependências foram recriados cenários para as ossadas de diversas espécies de dinossauros, como o Piatnizkysaurus, um predador carnívoro de agudos sentidos.  

Para completar minha curiosidade sobre estes pesos-pesados fui até o Parque Paleontológico Bryn Gwyn, a 25 km da cidade. Na vastidão do solo árido pontilham dezenas de grandes fósseis de diferentes animais que viveram em épocas longínquas. Há até mesmo uma espécie de golfinho, o que prova que a região já foi fundo do oceano.

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Mas, agora meu destino é a pequena cidade de Plaza Huincal. Lá se encontra no Museu Carmen Funes, com 30 metros de comprimento, 16 de altura e pesando ao redor de cem toneladas, o fóssil do Argentinosaurus huinculensis. Até pouco tempo atrás o número 1 desses colossais quadrúpedes.

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Quando o assunto são dinossauros, os argentinos têm todos os motivos para se gabarem. Dois anos após a descoberta do argentinossauro, no final da década de 1.980, este perde o posto para um grandalhão americano, o Sauroposeidon, também com 30 metros de comprimento, 18 de altura (equivalente a um prédio de seis andares) e igualmente pesando cem toneladas. O troco dos argentinos, porém, viria logo a seguir, no início de 2.000, quando a equipe do paleontólogo Calvo trouxe à superfície um brutamontes ainda maior –o Futalognkosaurus dukei– com 34 metros de comprimento, 13 de altura e pra lá das cem toneladas.

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Não pense que a festa terminou, ela vai longe, pelo menos para os paleontólogos argentinos, pois logo a seguir eles puseram em cena um carnívoro que despertaria a atenção do mundo científico. O Giganotosaurus carolini, um equivalente sul-americano do T.rex. Só que, para variar, muito maior, com 14 metros de comprimento e pesando oito toneladas, tornando os tiranossauros americanos pesos-penas se comparados ao argentino.

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Ao deixar essa terra de titãs, em setembro passado, sou informado que uma equipe de pesquisadores da Universidade de Drexel, dos Estados Unidos, topou na Patagônia com o Dreadnoughtus schrani, uma nova espécie de dinossauro que pesava 65 toneladas e media nada menos que 26 metros de comprimento. “Caramba! Essa descoberta é excepcional”, acrescenta o prof. Kenneth Lacovara, que liderou a expedição. “Primeiro pelo tamanho do bicho, cujas evidências ósseas indicam que quando ele morreu não estava totalmente desenvolvido, e assim poderia ter sido o maior dinossauro encontrado até o momento presente.

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A frase do miniconto mais famoso do mundo, do escritor guatemalteco Augusto Monterroso: “Quando despertou o dinossauro ainda estava lá”, toca a realidade dos paleontólogos que buscam desvendar os segredos da Patagônia argentina, pois dia a dia novas espécies fenomenais são encontradas.

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