Os vinhos que bebemos já não são como os dos nossos avós. A …

“São conhecidos os efeitos das mudanças climáticas sobre o território, em particular com a diminuição da água no solo e o aumento da temperatura, que vão mudando as características das regiões”, disse à Lusa a professora Isabel Freitas, da Universidade Portucalense, uma das responsáveis pelo projeto.

Associadas às alterações climáticas estão algumas catástrofes, como os incêndios, “que causam anualmente grande impacto no território, levando a que as condições das regiões se estejam a alterar significativamente”, indicou.

O objetivo deste projeto passa então por estudar o impacto das alterações climáticas no enoturismo e na paisagem cultural do vinho, de forma a prever e alertar os decisores locais e a comunidade para os efeitos negativos que as mesmas podem ter sobre o território e, consequentemente, sobre o turismo, a curto ou médio prazo.

Para a obtenção dos dados, a equipa tem recolhido amostras e realizado entrevistas, questionários, recolha de arquivo fotográfico, medições de temperatura e humidade e contabilizado o número de incêndios, nas regiões do Douro, do Porto e nas zonas de produção de vinho verde, como Braga, Guimarães e Ponte de Lima.

“As previsões indicam que, daqui a dez anos, os países nórdicos terão um clima excecional para o turismo e que, em Portugal, o clima já se estará mais quente e mais seco, como o de Marrocos, por exemplo”, indicou Isabel Freitas.

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