O Museu do Amanhã, no Rio, onde ocorre uma exposição de inteligência artificial, mostra pela primeira vez no dia 13 deste mês como vai funcionar o robô Fátima, criado no Brasil para enfrentar as mentiras na internet. Veja aqui detalhes para participar do evento
A agência de checagem de notícias Aos Fatos, responsável pelo desenvolvimento do robô ganhou R$ 100 mil concedidos pelo Instituto SEB e Catraca Livre. A ferramenta vai ter apoio da Microsoft para seu aprimoramento: desenvolvedores de várias partes do mundo serão chamados a colaborar num mutirão digital.
O robô foi batizado Fátima, que vem de “FactMa”, uma abreviação de “FactMachine”, que poderá ser utilizado, já em maio, no Twitter e no Facebook.
O robô Fátima vai monitorar tweets com links para notícias e informações falsas ou distorcidas e responde com informação verificada. Isso significa que cada perfil que compartilhar no Twitter uma informação errada vai receber automaticamente do perfil @fatimabot, operado automaticamente por Aos Fatos, um link para a checagem de fatos relacionada àquele tweet.
Trata-se de um estratégia inovadora de “checagem de guerrilha”: o objetivo é conjugar produção de jornalismo de qualidade e se apropriar de ferramentas já usadas por perfis que impulsionam desinformação na rede social. Serão centenas ou mesmo milhares de tweets disparados pela @fatimabot para cada um que compartilhar desinformação no Twitter. Desse modo, todos que eventualmente forem expostos a notícias falsas também terão contato com a respectiva checagem do fato em questão.
No Facebook, ele vai responder perguntas quando a pessoa quiser saber se aquele notícia é falsa.
Junto com Fátima, vai ser operado um sistema de monitoramento da internet, criado pelo Stilinge, capaz de detectar informações suspeitas, usando recursos de inteligência artificial.
Uma equipe de checadores faz a avaliação das notícias suspeitas – e, depois da análise, envia para um rede de informações, da qual o Catraca Livre faz parte.
O robô Fátima integra o Projeto Rever ( Rede da Verdade): é uma aliança de veículos de comunicação, entidades acadêmicas ( ESPM , empresas de tecnologias e algumas das principais organizações da sociedade civil ( OAB, por exemplo) para combater as falsidades na internet durante as eleições.