Las Vegas, antiga meca dos cassinos, se reinventa e vive boom de sofisticação

Festeira, repleta de cassinos e exibindo uma centena de shows todas as noites, Las Vegas, no Estado de Nevada, est completando 110 anos. Tem 2 milhes de habitantes, mas recebe 40 milhes de turistas anualmente –desses, 5 milhes so estrangeiros.

Sua primeira rua, a legendria Freemont Street, aberta em 1905, foi originalmente o endereo de velhos “saloons”, dos shows de danarinas, dos bufs de comida farta e dos hotis de caubis numa rea do deserto de Mojave, no Estado de Nevada, onde havia um providencial olho dgua.

Freemont Street foi pavimentada em 1925 e s depois de 1931, quando o jogo foi legalizado, encontrou sua vocao propriamente turstica. Revitalizada e transformada num calado coberto livre de carros em 1995, essa rua ganhou uma cobertura de 24 m que, com 12,5 milhes de luzes, exibe um show chamado Freemont Street Experience.

A regio de Freemont Street tambm resgata e conserva nons histricos e recm viu abrir, no antigo edifcio da polcia, um museu que conta a histria da Mfia norte-americana.

“THE STRIP”

Mas a verdade que h muito que Freemont Street no faz parte da Las Vegas contempornea.

Nas dcadas de 1950 e 1960, a cidade literalmente mudou de endereo expandindo suas atividades para o entorno de uma avenida ento nova, a avenida Strip.

L foram construdos grandes e luxuosos hotis –e a cidade dos cassinos e dos casamentos instantneos, agora em nova roupagem urbana, mudou de ares e se sofisticou.

O velho slogan “What happens in Vegas, stays in Vegas” (o que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas) no foi de todo deixado de lado, mas o fato que a cidade, mais sofisticada e deliciosamente espalhafatosa, hoje um lugar para quem quer se divertir, comer bem, ver e ser visto.

Por detrs da origem primeira dessa nova Las Vegas de megaresorts temticos, bilionrios excntricos, como Howard Hughes, e mafiosos idem, como “Bugsy” Siegel, investiram em alguns dos maiores empreendimentos imobilirios dos EUA.

No sculo 21, uma nova onda de progresso, a do “boom of rooms” (exploso de quartos de hotel, que hoje so mais de 150 mil) repaginou a avenida Strip e transformou seus megahotis em resorts temticos.
No que os cassinos tivessem perdido a importncia, mas, ao lado deles, surgiram lojas de marca e butiques, uma enorme variedade de bistrs e restaurantes estrelados, alm de atraes alternativas jogatina para pblico que vai cidade para participar de convenes, por exemplo.

Hoje, Las Vegas investe em shows de grupos como Cirque du Soleil, Blue Men e La Rve. Na lista dos seus megahotis, que tradicionalmente tm tarifas mais mdicas que qualquer outra cidade dos EUA, esto o The Cosmopolitan, com seu lobby multimdia e restaurantes como o Wicked Spoon, onde o breakfast infinito e refinado; o Wynn, com seu grande teatro; o Bellagio, com sua sofisticada galeria de arte e cardpios bem americanos oferecidas no Chefs Table; o The Venetian, resort que recria Veneza e abriga uma rua interna de comrcio com 60 butiques; o Paris, que ostenta rplicas imensas do Arco do Triunfo e da torre Eiffel, alm de uma rea coberta com diversos bares e bistrs; o Delano, endereo do imenso e pantagrulico buf Della’s Kitchen, onde as lagostas disputam espao com cardpios vegetarianos e orgnicos. E h diversos outros como os novos Trump International e Encore Wynn, o repaginado Caesar Palace etc.

E, depois de um dia cheio ou antes de uma refeio pantagrulica num desses megahotis, agendar uma massagem no Sahra Spa Hammam, que funciona dentre o hotel Cosmopolitan, no 14 andar da torre West End sempre uma extravagncia que certamente vale a pena.

O jornalista viajou a convite da Brand USA, organizao de fomento ao turismo dos EUA

Pin It

Comments are closed.