Créditos: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Fotos Públicas
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não ficou impune após as suas declarações de cunho racista durante um evento, em abril deste ano.
“Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles”, afirmou na época.
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Os quilombolas responderam de forma contundente: “Não é possível aceitar que as pessoas ouçam um ataque dessa natureza e ainda o aplaudam. Bolsonaro é uma doença contagiosa e tem que ser retirado imediatamente do meio da sociedade”, disse a Coordenação Nacional de Articulação das comunidades Negras Rurais Quilombolas dois dias depois da declaração de Bolsonaro.
O Ministério Público Federal processou o deputado, pois a fala “ofendeu e depreciou a população negra e os indivíduos pertencentes às comunidades quilombolas, bem como incitou a discriminação contra esses povos”.
“O réu utilizou informações distorcidas, expressões injuriosas, preconceituosas e discriminatórias com o claro propósito de ofender, ridicularizar, maltratar e desumanizar as comunidades quilombolas e a população negra”, diz o MPF.
E a condenação saiu, e foi noticiada pelo O Globo.
O parlamentar foi condenado a pagar R$ 50 mil por danos morais, de acordo com o site. O MPF ainda não confirmou a notícia.
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