Há 47 anos, homem chegava à lua: entre no clima e saiba mais sobre turismo espacial

Foto: NASA

Há exatos 47 anos, o homem pisava na lua pela primeira vez. Desde então, pesquisadores e especialistas vêm desafiando a tecnologia para viabilizar o turismo espacial. Até hoje, apenas oito pessoas fizeram viagens turísticas ao espaço e o motivo deste número ser tão reduzido é simples: estes passeios custaram cerca de U$S 20 milhões. Algumas empresas, porém, estão bem perto de tornar o espaço um novo destino para viajantes.

A Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson, é uma delas. Com a expectativa de realizar o primeiro voo da modalidade em 2018, a Virgin trabalha em tecnologias espaciais desde 2004, e já vendeu cerca de 700 passagens antecipadas. No meio do caminho, a empresa teve alguns acidentes e atrasos, mas, em fevereiro deste ano,apresentou uma nave redesenhada, a VSS Unity. A projeção é que os testes sejam finalizados em dois anos.

virgin galactic

Nave espacial VSS Unity Foto: Virgin Galactic

A proposta é oferecer um percurso de cerca de duas horas ao espaço, praticamente um bate e volta, como explicou Marcos Roberto Palhares, um dos brasileiros confirmados para a viagem e também sócio da Agência Marcos Pontes, que comercializa o produto Virgin no Brasil. As naves farão voos suborbitais, que chegam à fronteira do espaço e retornam à terra. A vista de lá de cima será a curvatura da terra, da perspectiva do espaço, a 100 quilômetros de altitude.

Palhares ainda destacou que as viagens custam U$S 250 mil e precisam de depósito prévio para que o lugar seja garantido. Os requisitos são: ter boa saúde e mais de 16 anos. Os passageiros também precisam participar de um treinamento específico que, no caso dos brasileiros, acontecerá parte em território nacional e parte nos Estados Unidos.

Experiência espacial – Enquanto os testes da nave da Virgin não são finalizados, existem algumas opções para quem tem muita vontade de conhecer o espaço. A Agência Marcos Pontes trabalha com turismo voltado para este tipo de experiência. Entre as atrações, o voo de gravidade zero é um dos mais requisitados. O passeio é feito dentro de um avião sem poltronas e todo forrado com estofado, onde os passageiros flutuam como se realmente estivessem no espaço. A idade mínima é doze anos, e as decolagens acontecem na Rússia e nos Estados Unidos.

Simulao de gravidade zero oferecida pelo programa da Agncia Marcos Pontes Foto: divulgao

Simulação de gravidade zero oferecida pelo programa da Agência Marcos Pontes Foto: divulgação

Palhares também destacou o voo na estratosfera com o avião MIG-29. Partindo da Rússia, o turista entra em um avião supersônico e passa pela barreira do som. Isso corresponde a uma altitude duas vezes maior que a dos aviões comerciais. “O passageiro voa até a camada de ozônio e pode ver o espaço da janela. Não se chega ao espaço de fato, mas é uma sensação bem parecida”, detalhou.

Já para quem prefere as viagens em terra, Palhares indicou uma visita ao deserto do Atacama para ver de perto uma chuva de meteoros. “O destino conta com os maiores telescópios do mundo e, por isso, se tem uma vista incrível do céu”, afirmou.

A última recomendação do sócio foi uma viagem para o fundo do mar que pode ser comparada ao ambiente espacial. “É uma viagem submergível de alta velocidade, onde a profundidade é tão grande que não chega luz. Por isso, se tem contato com a fauna marítima intocada, sendo possível ver algumas espécies desconhecidas”.

Para conhecer outros passeios voltados para o turismo espacial, acesse o site da Agência Marcos Pontes.

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