Segundo comerciantes, usuários de drogas aproveitam espaço da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré para fazer uso de substâncias entorpecentes (Foto: Ísis Capistrano/ G1)
O comércio e uso de substâncias entorpecentes no complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM), patrimônio histórico na Zona Central de Porto Velho, têm afetado o comércio e prejudicado o turismo no local. A reclamação é de vendedores ambulantes e moradores que visitam a região. A Secretaria Estadual de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) informou que há um projeto para que câmeras de segurança sejam instaladas na área central para coibir as práticas e garantir a segurança.
No local, é comum ver usuários de drogas sentados no deck da estrada e a situação deixa vendedores ambulantes e visitantes apreensivos. Aldenir Moura trabalha no complexo aos finais de semana e relata que a situação já é antiga. “Se houvesse fiscalização da polícia e até mesmo da prefeitura, isso poderia ser melhor. O pessoal não vem visitar por que tem medo de ser roubado”, lamenta.
Reclamação também dos visitantes. “Isso é o tempo todo! Nunca vai parar”, esbravejou Luiz Melo, referindo-se a uma possível venda de drogas no local, em plena luz do dia. Para o turista, o abandono na região estimula os supostos usuários de drogas a irem sempre ao complexo para o consumo de entorpecentes.
Procurada pelo G1, a Sesdec alegou que a responsabilidade pela segurança e patrulhamento na EFMM é do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM), mas informou que um projeto de instalação de câmeras de segurança na área central para inibir ações semelhantes está em andamento. Mas a pasta não estipulou prazos para a conclusão da implantação da iniciativa.
Já o tenente coronel do 1º BPM, Aurélio Serpa, disse que há fiscalização na praça. No entanto, de acordo com o militar, não há efetivo de policiais para monitoramento ininterrupto. Ainda assim, Serpa destacou que a polícia tem dado atenção especial às praças públicas, por meio da operação “Saturação”, em que os agentes realizam abordagem e revistas pessoais nos logradouros públicos em questão, como a Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
