Teads elabora estudo para mostrar o que deve ser evitado quando …

Saiba quais são os sete pecados da publicidade em vídeo que devem ser evitados

A publicidade em vídeo para o meio digital não deve ser encarada da mesma forma que a direcionada para a televisão. A diferença de plataforma pode levar a alguns erros e, com base nisso, a Teads Brasil fez um estudo que resultou nos “sete pecados” a serem evitados na publicidade em vídeo na web.

Mas, para Thiago Bispo, diretor de negócios da empresa, o que se destaca, mais do que os erros que podem ser cometidos, é a oportunidade que o vídeo no meio digital representa. “Percebemos que o que está acontecendo no mercado é uma visão um pouco míope em relação as possibilidades que o vídeo publicitário traz”, ele explica para o ProXXIma. “É o caminho mais importante do ponto de vista de capacidade de transmissão da mensagem”.

Bispo acredita que uma dificuldade para o anunciante é atrelar seu vídeo a um conteúdo profissional por conta da falta de opção de meios para veicular o filme publicitário. “Os anunciantes acabam sendo obrigados a colocar em agregadores de conteúdo amador, como o YouTube”, explica. “Percebemos uma oportunidade de falar com os publishers, que podem entrar nessa briga de vídeo que está concentrada no YouTube e no Facebook. É uma grande oportunidade de mercado para atrelar o anúncio a um conteúdo de qualidade”.

 

Viralização

A tão desejada viralização não é para todos, diz Bispo, queexplica que isso acontece com um conteúdo interessante e adequado para o público ao qual se destina. “É um equívoco pensar que um vídeo na internet vai se tornar viral por si só. Isso não vai acontecer. Não é porque tenho um canal no YouTube que vou impactar o usuário. Se ele nunca entrou no meu canal, como vai adivinhar que tem um conteúdo de qualidade lá?”, questiona. Por isso o envolvimento do usuário é tão importante. “A publicidade digital não é feita para um consumidor passivo. Nós, como usuários da internet, estamos atuantes no consumo e na distribuição do conteúdo dentro dela. Isso também vale para a publicidade”, frisa.

A publicidade na internet não pode ser preguiçosa: para poder explorar o máximo de seus resultados, é importante ficar de olho na repercussão. “Precisa ter monitoramento, interatividade, saber se foi comentado positiva ou negativamente, se foi buscado no Google”, enumera Bispo. Um bom hábito para o target é cruzá-lo com o contexto em que o anúncio está. “Preciso buscar a matéria que vai falar do que quer que seja e entregar a publicidade certa no momento certo porque pode acontecer, sim, de atingir o seu público no momento errado”, diz. “Sou torcedor do Flamengo e estou no target da Adidas. Mas, se eu estiver vendo uma notícia sobre a tragédia do Nepal, não vou querer saber do que está tentando me mostrar”.

Outro dado importante para Bispo é a quantidade de views, fornecido pelo Facebook. Mas não pela lógica do “quanto mais, melhor”. “Suponha que um vídeo foi visto mil vezes… Mas pelas mesmas dez pessoas. Do que adianta?”, Bispo questiona. “Fica a sensação de que você impactou, mas talvez não tenha conseguido nem a abrangência nem a penetração adequada para o vídeo. Essa questão de tamanho é uma visão muito míope. Temos que analisar cada métrica sem ter inveja do concorrente”.

 

Confira abaixo os sete pecados listados pela Teads Brasil:

 

1. Soberba/Orgulho

O orgulho se dá quando as marcas/empresas não adaptam o conteúdo do vídeo ao público-alvo. “É um equívoco pensar que um vídeo publicado na internet será viral por si só e que, com um canal no YouTube ou uma fanpage, já estará totalmente inserido no meio digital. Não se pode esquecer que o vídeo precisa ser bem direcionado e promover o que é de interesse do usuário, algo que desperte a curiosidade. A publicidade digital não é feita para um consumidor passivo”, explica Bispo.

 

2. Avareza

Desde que os anunciantes começaram a alocar investimentos em publicidade na internet, a avareza tem acompanhado o setor, o que é muito visível na questão do número de “likes” em vídeos nas redes sociais. “Eles até podem fazer o CTR (taxa de cliques) da marca aumentar, mas em 99% dos casos não se aplicam em retorno de vendas. É fácil comprar esse tipo de engajamento. Não podemos ter a CTR como um KPI (técnica de gestão para indicar desempenho de um vídeo na internet) crítico para medir a publicidade em vídeo online. Essa análise deve ser feita por um profissional que determinará as soluções para um bom resultado”, sugere Bispo.

 

3. Luxúria

Para Bispo, as empresas precisam pensar nas vantagens da TV tradicional para comerciais de TV e nas vantagens de vídeos virais de internet para publicidade online. “É indispensável definir bem as estratégias e entender que, muitas vezes, menos é mais. Podemos pecar se iniciarmos uma publicação sem controle, querendo atingir muita gente sem estratégia e definição de público”.

 

4. Gula

“Estamos em um ambiente saturado e, por isso, temos que repensar sempre as estratégias de divulgação de forma que o consumidor/usuário também não fique sempre com mais do mesmo. Não dá para soltar um vídeo viral tentando alcançar todo mundo sem estratégia bem definida. É preciso pensar na visibilidade, pagar o preço pelo alcance desejado e adaptar conteúdo ao público-alvo. Nada de gula irracional”.

 

5. Ira

“Tudo mudou nos últimos anos e é normal que, em muitas ocasiões, estejamos com raiva disso, pois aumenta nosso trabalho e abre lacunas até então desconhecidas. No entanto, isso não autoriza os anunciantes a ignorarem as mudanças. Temos que encontrar nosso público onde quer que ele esteja e segmentar, ainda que isso demande mais tempo e estudo”, explica o diretor de negócios.

 

6. Inveja

De acordo com Bispo, no meio digital é comum haver comparação de números de “likes”, visualizações e visitas, mas não é recomendado focar somente nesses indicativos. “Precisamos entender como nosso concorrente conseguiu chegar a este ou aquele patamar, quais as estratégias que utilizou. Tamanho não importa. Temos que analisar cada KPI usando a razão e sem ciúme”, aponta.

 

7. Preguiça

“Internet é uma convergência de mídias, e não um veículo que anda sozinho. Por conta disso, temos de entender como o público se move na web. O vídeo na internet deve ter obrigatoriamente uma comunicação horizontal e ativa para fazer sucesso”, conta Bispo. “O trabalho começa mesmo quando termina. Ou seja, a partir da publicação do conteúdo inicia-se o processo de monitoramento e interatividade”.
 

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