Otavio Nato, do Grupo Radar, Toni Sando, do SPCVB, Fabio Rossi, da Flytour Eventos, e Juarez Carvalho, da MCI

A palestra que encerrou o 12º Esfe contou com uma apresentação do diretor-executivo do São Paulo Convention Visitors Bureau, Toni Sando. Com o tema Mice, um mercado em quatro letras, o executivo foi na contra mão da maioria dos discursos atuais e ressaltou que o mundo moderno pede mais relações humanas.

“Na verdade, a maior tendência é voltar para o passado”, garantiu. Sando explicou que a principal inovação dos eventos é promover o contato off-line entre as pessoas. “A grande pergunta é como aproveitar melhor os encontros”, complementou.

Ele continuou explanando que as maiores necessidades dos eventos deve deixar de ser a conexão Wi-Fi ou as tomadas para recarregar os celulares, mas sim gerar experiência e conhecimento aos participantes. “Somos afetados pela relação com os outros. Tudo envolve gente. Temos que estar atentos para entrar no campo das experiências e em como envolver as pessoas para que os eventos sejam o início das novas relações”, destacou.

Fabio Rossi, diretor-executivo da Flytour Eventos, também participou do painel e concordou com Sando. Ele destacou que as empresas estão voltando um pouco no tempo e mudando os seus valores. Segundo o executivo, há alguns anos era impensável ter um evento sem Wi-Fi. “Hoje os próprios clientes pedem para tirar a internet ou proíbem os celulares, especialmente aqueles com conteúdo mais técnicos ou convenções”, contou.

Para Sando, hoje os eventos estão perdendo o seu propósito, que é justamente apresentar produtos, gerar networking e negócios. Os principais problemas, segundo ele, é que os eventos estão mais entediantes, previsíveis, imprecisos, egocêntricos e vazios. “Os organizadores precisam se perguntar se os eventos ou produtos têm um propósito e se as pessoas sairão de lá com mais conhecimento”, finalizou.