SÃO PAULO – No ano passado, o número de turistas internacionais no Brasil foi de exatos 6.429.852, a primeira vez que o país superou a marca de 6 milhões de estrangeiros. Em primeiro lugar, vem a Argentina, com 1.743.930 turistas, seguida pelos Estados Unidos e Chile, com 656.801 e 336.950, respectivamente.
O número maior foi por conta da Copa do Mundo, um grande negócio para o turismo. Em junho, mês em que ocorreu o evento, o número de turistas internacionais triplicou, saltando de 350.025 em 2013 para 1.018.876 em 2014.
A principal porta de entrada do país foi São Paulo, por onde entraram mais de 2 milhões de turistas, 2.219.513 no total. Em segundo lugar, o Rio de Janeiro, com 1.597.153 turistas – um aumento de 32,3% com relação ao mesmo período de 2013. O Rio Grande do Sul passou da 4ª para a 3ª colocação no ranking, com 907.668 turistas.
Os dados fazem parte do Anuário Estatístico de Turismo 2015 do MTur, feito com base nos números da Polícia Federal. Além dos números, o levantamento também mostra que 70,6% dos turistas internacionais chegaram ao país por meio de avião; quatro em cada 10 turistas vieram pelas estradas e, o restante, via marítima ou fluvial. “Os megaeventos são excelentes catalisadores do aumento no fluxo turístico dos destinos, mas, para mantermos um crescimento constante, temos de atacar questões estruturais e encarar o turismo com profissionalismo no Brasil”, disse o ministro do Turismo, Henrique Alves.
O Ministério do Turismo defende a criação de Áreas Especiais de Interesse Turístico, locais onde os investidores teriam incentivo creditício e um regime de licenciamento diferenciado, o que aumentaria a infraestrutura turística do país. Um projeto de redefinição do modelo de gestão da Embratur também está em andamento, para transformar a autarquia em agência, facilitando parcerias com a iniciativa privada e dando mais transparência ao órgão.
Em 2016, as Olimpíadas acontecem no país. Os ministérios do Turismo e das Relações Exteriores estão trabalhando em parcerias para acabar, excepcionalmente nas Olimpíadas, com a exigência de visto para os norte-americanos, entre agosto deste ano e o fim dos jogos paraolímpicos. Segundo o relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 91ª posição num ranking de 141 países no quesito “abertura internacional”.
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