Capeletti de jerimun
O nome Lupe vem de “lupa”: um olhar atento, intenso, próximo de cada detalhe. E é justamente essa atenção — aos ingredientes, ao serviço, ao ambiente, à cultura e às pessoas — que faz do restaurante um espaço onde a gastronomia brasileira encontra novas camadas de sabor, história e afeto. Uma experiência que acolhe, surpreende e deixa saudade.
O espaço acompanha o espírito da casa: contemporâneo, descomplicado e cheio de brasilidade. A arquitetura une elegância e simplicidade com ambientes bem distribuídos — da área externa voltada para a rua ao salão principal e ao quintal nos fundos, onde uma jabuticabeira se torna ponto de encontro ao redor das mesas. O bar comprido, com prateleiras de bebidas e banquetas altas, é um convite tanto para os que chegam para um drinque casual quanto para os que pretendem estender a noite.
Entradinhas: Croqueta Cruda, Casquinha de Siri e Bao do Lupe
E para completar a experiência, o Lupe oferece uma curadoria musical cuidadosa e eclética: samba-jazz, chorinho, samba e DJs que embalam as noites de sábado e ajudam a tornar a casa um ponto de encontro entre estilos, gerações e momentos — do almoço executivo ao happy hour, do date noturno ao domingo com toda a família e até a cliente com seu pet, curtindo a sombra num sábado de sol.
Karaague
No comando do chef Gabriel de Lucca Piantino, o restaurante Lupe se firma como um dos lugares mais instigantes da cena gastronômica contemporânea, unindo a riqueza da culinária brasileira a influências francesas e asiáticas em pratos surpreendentes, autorais e acessíveis. O bar-restaurante entrega uma experiência completa, que começa com os olhos, passa pelos aromas e texturas, e termina com a vontade de voltar.
Coxinha de Pato com Tucupi
No cardápio, releituras ousadas e criativas ganham forma com ingredientes nacionais e um olhar sofisticado. É o caso da empadinha de moela de pato com emulsão bernaise e pó de hibisco, da casquinha de siri servida na telha, com aquafaba de repolho e sagu, recheada com siri, mexilhões, espuma de caldo de mariscos e leite de coco. A croqueta cruda também chama atenção, assim como o imperdível Bao do Lupe — pão cozido no vapor com barriga de porco preparada por 36 horas em baixa temperatura, glaciada com cachaça e melaço de cana, picles de semente de mostarda, aioli de pimenta gochujang, compota de cupuaçu e pururuca. Uma explosão de camadas e contrastes.
Empadinha de Palmito
Entre os principais, o bife ancho acebolado, alto e suculento, vem acompanhado por pétalas de cebola pérola caramelizadas, batata fininha, molhos bernaise e roti e um pão artesanal, servindo com generosidade e técnica. Já o capeletti de jerimum é uma celebração do sabor vegetal: massa à base de beterraba, recheio de abóbora com castanha de caju e especiarias, fonduta de parmesão, raspas de limão, tuile crocante de beterraba e toque final de azeite de manjericão. Um prato que mostra como a cozinha vegetariana pode ser rica, criativa e reconfortante.
Empadinha de Moela de Pato
LEIA TAMBÉM:
Daje Roma: uma noite romana (de verdade) em Pinheiros
A nova rota dos sabores: 6 chefs fora do eixo Rio-SP para ficar de olho
4 novidades saborosas para ficar de olho em SP