São Francisco. É um santo. Itinerante voltou a sua vida para os pobres. Assim também é o rio São Francisco que tem 2.700 km de extensão, nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, escoa pela Bahia e por Pernambuco, e chega ao oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe.
Além do grande volume de água, o rio é um grande instrumento econômico e que carrega em suas margens histórias de um povo sorridente, cheio de fé e sofrimento.
Biel Fagundes
Pescadores jogam a rede num lindo final de tarde acompanhado com um belíssimo pôr do sol no Vale do São Francisco
Nas margens do Velho Chico (apelido do rio), a pé ou a passeio de barco com pescadores, o jornalista e fotógrafo Biel Fagundes, buscou eternizar momentos únicos nesse vale encantado que é o rio São Francisco.
Os registros resultaram na série fotográfica “Vale Ouro”, que é um passeio poético entre o sertão baiano e pernambucano, região Nordeste do Brasil, mais precisamente nas cidades de Juazeiro e Petrolina que são divididas pelo rio São Francisco e ligadas pela monumental ponte Presidente Dultra.
Biel Fagundes
Fotografia noturna das duas cidades. Do lado esquerdo Petrolina, estado do Pernambuco e do lado direito Juazeiro, estado da Bahia. Ao meio o Rio Velho Chico
Biel Fagundes mostra com essa série fotográfica uma forma poética de sensibilizar e chamar atenção das pessoas para uma das coisas mais preocupantes até o momento sobre esse recurso hídrico: o assoreamento do rio. Muitos trechos do Velho Chico já não são mais navegáveis e a redução do volume de água, o acúmulo de areia e outros materiais no fundo do rio dificulta a navegação. A falta de vegetação nas margens dos rios e mananciais aumenta o volume de terra e areia nas margens, que acaba sendo transportada para dentro do rio, ocasionando obstrução de trechos e com isso o assoreamento.
Diversas pessoas usufruem desse recurso hídrico diariamente para atender suas necessidades sejam elas profissionais ou até mesmo de lazer. Banhar-se nas águas do Velho Chico é purificar a alma.
Biel Fagundes
Cena pouco vista na região. A chuva chegando nessa região que pouco chove durante o ano
O rio
São Francisco banha cinco Estados, recebendo água de 90 afluentes pela margem direita e 78 afluentes pela margem esquerda, num total de 168 afluentes, sendo 99 deles perenes. É um rio de grande importância econômica, social e cultural para os estados que atravessa. Folcloricamente, é citado em várias canções e há muitas lendas em torno das carrancas que até hoje persistem.
Biel Fagundes
A Presidente Dutra foi a segunda ponte em concreto protendido (concretos com fios ou cabos de aço especiais de protensão) do Brasil
O rio São Francisco é também o maior responsável pela prosperidade de suas áreas ribeirinhas compreendidas pela dominação de Vale do São Francisco, onde cidades experimentaram maior crescimento e progresso como Petrolina em Pernambuco e Juazeiro na Bahia devido a agricultura irrigada. Essa região apresenta-se atualmente como a maior produtora de frutas tropicais do país, recebendo atenção especial, também, a produção de vinho, em uma das poucas regiões do mundo que obtêm duas safras anuais de uvas.
Biel Fagundes busca apoio para viabilizar a realização de uma exposição poética e social “Vale Ouro”. Quem quiser conhecer um pouco mais desse e de outros projetos do fotógrafo podem entrar em contato pelos telefones (71) 99268-1579 ou (14) 99845-2606.
Os meninos do Rio. Imagem muito clássica em um momento em que dois meninos brincam nas águas do Rio São Francisco (Velho Chico)
LIndo pôr do sol no Vale do São Francisco
As Barquinhas. Estas embarcações são responsáveis por transportar cerca de 2mil pessoas por dia entre as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Momento exato em que elas se cruzam
Barco de passageiros atravessa o Rio São Francisco em direção a cidade de Petrolina (PE). Ao fundo a cidade de Juazeiro (BA)