Fornatur alerta: Cadastur e Lei Geral do Turismo não funcionam

Reuniao do Fornatur

Reunião do Fornatur

Na última reunião do Fornatur deste ano de 2016, que acontece no Hotel das Paineiras, no Rio de Janeiro, durante toda esta quarta-feira (07), Nilo Sérgio Felix , presidente do Fornatur e Secretário Estadual de Turismo do RJ, abriu o evento com o espírito de cobrança do Governo que, a seu ver, deve gerar mais recursos para o Turismo e tornar o Cadastur e a Lei Geral do Turismo instrumentos que venham de fato favorecer os Estados e o setor.

“ Existem apenas promessas de rever o Cadastur, que não funciona, e o mesmo acontece com a Lei Geral do Turismo. Mandamos uma carta com 10 itens e até o momento nada foi definido. Não há expectativa de novos recursos, nem mesmo repasse das verbas pelo Cadastur. Eu já havia até cobrado a Tetê Bezerra (MTur) com relação às mudanças prometidas. É o momento de cobrar, não ouvir mais e mais promessas. Lembro que nos últimos 13 anos o Ministério do Turismo teve 11 ministros, o que é um absurdo”, disse o presidente Nilo Sergio.

O secretário de Turismo de Minas Gerais, Gustavo Arrais, cobrou um MTur mais atuante. “Não existe sequer um Plano Diretor de Turismo com ações efetivas. Precisamos de um ministério mais atuante porque nosso setor não cresce. Todos os programas do ministério estão parados”.

Benedito Braga, subsecretário de turismo da Bahia, por sua vez, lembrou que o estado tem enfrentado dificuldades em relação ao Cadastur. “O último cadastramento realizado tem 5 anos”. Afirmou que faltam recursos para sinalização turística.

Já Hugo Veiga, subsecretario do Maranhão reclamou de uma falta de um programa da Embratur que inclua o estado na promoção internacional. “O Estado está sendo ignorado pela Embratur em mercados como os Estados Unidos e Asia. Recebemos 4 mil japoneses por ano mas não existe nenhuma ação promocional dos Lençóis Maranhenses nestes mercados”.

Valdir Walendowsky, presidente da Santur, lembrou das demandas dos estados. “Nós já estamos com 157 voos do Chile e mais de 400 da Argentina neste verão, ultrapassando a marca de 650 charters na temporada. Isso mostra que o foco tem que ser a América do Sul. Nossa projeção é de 1,5 milhão de argentinos até a Páscoa. A maioria vem por meio rodoviário e os turistas levam 9 horas para passarem pela fronteira. Precisamos minimizar e neste verão teremos problemas novamente”, alertou.

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