Entenda a diferença entre o dólar turismo e o dólar comercial

Existe uma grande dúvida sobre a diferença entre o dólar comercial e o turismo. Qualquer pessoa que já comprou a moeda norte-americana sabe que o segundo é sempre mais caro do que o primeiro, mas poucos sabem o porquê dessa diferença de valores.

Primeiro, é importante entender que um país pode adotar dois regimes diferentes de câmbio: o câmbio flutuante e o câmbio fixo.

Créditos: bernie_photo/iStock

Dólar que define o valor de compras de produtos de outros países ou dólar para quem vai viajar: eles têm cotações diferentes para várias operações

No primeiro, o mercado é quem define, livremente, o valor da moeda local em relação às moedas, ou seja, a cotação varia de acordo com a oferta e a demanda. No segundo, quem é o responsável pelo valor fixo da taxa de câmbio de sua moeda em relação a uma outra moeda –quase sempre, o dólar– é o próprio país. Ou seja, para manter a taxa de câmbio local dentro do valor desejado, o Banco Central do país vende e compra moeda no mercado internacional (sempre em relação à moeda no qual a taxa está fixada).

A partir desse conceito e sabendo que ambas têm relação direta com a cotação do câmbio em um país, é possível explicar a diferença entre câmbio comercial e câmbio turismo.  Veja abaixo:

câmbio comercial é o valor base da moeda no mercado. Essa taxa é utilizada no pagamento ou recebimento de recursos provenientes de exportações e importações de bens e serviços do Brasil, no caso do nosso país, com o mundo.

Em outras palavras, o câmbio comercial é utilizado as transações não exigem a troca de dinheiro físico (papel-moeda). É o que acontece também para transferências internacionais, que agrega ao câmbio comercial uma porcentagem variante fixada pela instituição responsável pela transação.

Já o câmbio turismo pode ser calculado com base no dólar comercial ou na cotação comercial de cada moeda versus o real, no caso do Brasil. Ela é mais cara em relação a cotação do câmbio comercial, pois além do valor base, incorpora todos os custos envolvidos, desde a importação do papel-moeda do país de origem até a colocação nas casas de câmbio. Por conta disso, o custo de ter uma moeda física é proveniente do valor do câmbio turismo, já que contempla os gastos de todo o processo.

Também é importante saber que, no câmbio turismo, as moedas mais “exóticas” têm um valor ainda mais alto em relação ao câmbio comercial. Isso acontece porque o risco de manter em estoque essas moedas menos negociadas no mercado é alto, o que faz com que sejam compradas em menores quantidades, elevando o preço.

Com essa explicação, o comprador de câmbio não precisa mais se sentir injustiçado ao comprar dólar, euro, libra ou qualquer outra moeda por um valor relativamente maior do que a cotação comercial dela.

Com informações da  BeeCâmbio

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