O presidente da Câmara de Vila Real disse esta quinta-feira que o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC), em 2015, custou um milhão de euros e o retorno económico global foi de 90 milhões de euros.
Rui Santos, que falava em conferência de imprensa para apresentação das contas do Circuito Internacional de Vila Real 2015, referiu que o evento foi alvo de uma candidatura a fundos comunitários de cerca de um milhão de euros e que coube ao município pagar a comparticipação nacional, de cerca de 150 mil euros.
“E é um evento que trouxe de retorno cerca de 90 milhões de euros na projeção da imagem nos órgãos de comunicação social nacional e internacional, em comidas, em dormidas e souvenirs. São medidas quantificáveis”, acrescentou.
Vila Real recebeu em julho de 2015 uma etapa do WTCC, a primeira a realizar-se na cidade transmontana. O evento repete-se entre 24, 25 e 26 de junho de 2016.
Segundo o balanço apresentado hoje, no ano passado passaram por Vila Real 180 mil espetadores “de forma direta” durante os três dias do circuito.
“Acho que foi um sucesso, um sucesso que queremos manter e, se possível, aumentar”, sublinhou o autarca.
As corridas foram organizadas pela Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real (APCIVR) que gastou 483 mil euros, obteve 560 mil euros de rendimentos, o que se traduz num lucro de 76 mil euros.
“As corridas no circuito internacional de Via Real são um caso de paixão e de amor, mas também são um caso de racionalidade, porque colocamos o circuito como um instrumento de desenvolvimento da região e de notoriedade de Vila Real”, sublinhou Rui Santos.
Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) considerou que o WTCC e o Rali de Portugal foram os dois eventos que marcaram o ano de 2015 e que vão marcar 2016.
O responsável destacou os milhares de pessoas que visitaram este território em 2015 atraídos pelas corridas de Vila Real e o impacto económico direto e indireto global pela projeção desta região para o exterior, que considerou ter “sido elevadíssimo”.
Por sua vez, o presidente da Turismo do Porto e Norte, Melchior Moreira, frisou que os “eventos desportivos têm um retorno mediático fantástico”.
“O Douro verdadeiramente ainda não é conhecido em termos internacionais, independentemente de nós assumirmos de que de facto esta é uma região única e tem um vinho único no mundo, um património fantástico e um enoturismo notável, é preciso arranjar outras alavancas para dar a conhecer este destino”, salientou.
E, para Melchior Moreira, “claramente o automobilismo e neste caso o WTCC em Vila Real vai dar uma visibilidade ainda maior à região e vai atrair turistas não só para estar no momento do evento mas para combater a sazonalidade”.
As provas do WTCC em Vila Real tiveram uma transmissão de 75 horas de televisão e foram “um sucesso em termos de redes sociais”.