Ryanair revela os novos assentos que irão compor frota de B737 MAX

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Assentos não contam com bolsões atrás dos assentos desde 2012

A Ryanair revelou ao mundo, nessa quinta-feira (03), o design dos novos assentos que irão compor a cabine de sua frota de B737 MAXs. Entre vantagens e polêmicas, a configuração das fileiras do novo assento trará um maior espaço para as pernas, embora cada aeronave passe a ostentar mais assentos (197), ao invés do padrão que era de 189 assentos. Em nota, a Ryanair afirmou que o espaço para as pernas aumentou de 30 para 31 polegadas, mas a low-cost parece que “esqueceu” (mais uma vez) alguma coisa: um lugar para colocar os pertences.

Como podemos ver na foto acima, a parte de trás dos assentos não contam com aqueles “bolsões” para guardar os pertences, cardápios e revistas de bordo. Mas isto não é bem uma novidade, já que esta é uma característica bem conhecida das aeronaves da Ryanair. Existe sim uma pequena bolsa ao lado dos pés em cada assento, mas nada que seja conveniente perto dos clássicos bolsões. Mas por que o novo assento ergonômico slimline produzido pela Zodiac para os B737 MAX considerados  gamechangers de mercado, não possui um simples compartimento?

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Assentos slimline produzidos pela Zodiac

A resposta é simples: agilidade e corte de gastos. Se as aeronaves da Ryanair tivessem estes bolsões localizados atrás dos assentos, o tempo para conferir e limpar cada um seria muito maior do que o atual gasto para realizar aquela rápida “faxina” na cabine entre os voos. “Desde 2004 que a Ryanair não inclui os bolsos atrás dos assentos, o que nos permite manter a liderança na preparação de uma aeronave, que leva apenas 25 minutos, e reduzir gastos com limpeza”, disse um porta voz da irlandesa.

Outro fato é o peso: se cada assento tiver um bolso, mais pesada a aeronave ficará. Com isso, mais combustível irá gastar para se locomover, lembrando que este é o maior gasto operacional das companhias aéreas no momento. Para se ter uma noção de como a Ryanair trata o corte de gastos, desde 2012 a revista de bordo mudou de tamanho: passou do papel A4 para o A5, o que reduziu o gasto com combustível em milhares de libras esterlinas.

“A gente também considerou a retirada dos descansos de braço, mas acabamos sendo contra isso. A gente até encouraja nossos funcionários a ficarem de olho no peso, com a motivação de aparecer no calendário anual da Ryanair”, finalizou o porta-voz da low-cost irlandesa.