Akbar Al Baker
Parece que nem todos os 60 B737 MAX 8s que podem ser encomendados pela Qatar Airways de fato ficarão sob suas asas. A carta de intenção assinada no último dia 07 de outubro, que chega aos incríveis US$ 6,9 bilhões, parecia já mostrar qual decisão seria tomada pelo CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker, com relação ao futuro de sua frota de aeronaves single-aisle, ao optar por equipamentos Boeing ao invés dos A320neos da francesa Airbus.
Mas não é bem assim, não. De acordo com o próprio Al Baker, um número ainda não especificado de B737s será destinado às companhias parceiras, como a própria Meridiana Fly, italiana na qual a Qatar Airways domina 49% das ações. Com isso, não está certa a predominância de aeronaves Boeing na frota single-aisle da Qatar Airways nos próximos anos, uma mescla em que o A320neo pode de novo surpreender e “tomar as rédeas”.
B737s podem não ser totalmente utilizados pela Qatar
Como assim? Até então, a francesa Airbus estava de olhos bem abertos para saber qual seria a opção escolhida pelo CEO para modernizar sua frota de operações domésticas, mas agora parece ver a situação com um pouco mais de esperança. Se nem todos os 60 B737s que podem ser encomendados, serão utilizados pela Qatar Airways, como a frota será complementada? Dezenas de A320neos já estão encomendados, enquanto outras 60 unidades do maior concorrente já estão presentes na carta de intenção. E a decisao está nas mãos de Al Baker.
Seria possível o CEO encomendar e utilizar os B737 MAXs, mesmo com encomendas já realizadas junto à Airbus para o A320neo? E essa pergunta ainda não tem resposta. No entanto, parece que Al Baker continua insatisfeito com o programa de desenvolvimento do A320neo, alvo de polêmicas, problemas e cancelamentos.
“Quando você coloca um band-aid em uma ferida muito grande, me parece que não irá fazer o efeito necessário. Logo, eu preciso estar convencido sobre os problemas resolvidos do A320neo. Eu quero que outros que operam o modelo me convençam que está tudo OK. E isso pode levar de um a dois anos, no mínimo”, frisou Akbar Al Baker