As pequenas e ngremes pirmides erguidas nas colinas desrticas do norte do Sudo se parecem com aquelas do vizinho, o Egito. Mas, diferentemente das famosas pirmides de Giza, o stio arqueolgico no Sudo est praticamente deserto.
As pirmides de Mero, cerca de 200 quilmetros norte de Cartum, capital do pas, so raramente visitadas, apesar de serem consideradas patrimnio da humanidade pela Unesco, assim como as pirmides do Egito.
Sanes contra o longo governo do presidente Omar al-Bashir por conta dos conflitos internos e da guerra civil limitam o acesso ajuda estrangeira e doaes, alm de emperrar o turismo.
O local, chamado de Ilha de Mero por conta de um antigo rio –hoje j seco– que rodeava o lugar, j foi a principal residncia dos governantes do reino de Cuche, conhecidos como faras negros. Suas pirmides, que medem de 6 a 30 metros de altura, foram construdas entre 720 e 300 a.C. Suas portas de entrada costumam ficar viradas para leste, para receber os primeiros raios do sol nascente.
Os elementos decorativos das pirmides foram inspirados culturalmente pelo Egito Faranico, Grcia e Roma antigas, de acordo com a Unesco, o que daria a essas relquias um valor inestimvel. Contudo, arquelogos arrancaram as pontas de ouro e reduziram algumas das pirmides a nada no sculo 19, disse Abdel-Rahman Omar, diretor do Museu Nacional do Sudo, em Cartum.
H poucos dias, alguns turistas em camelos brancos passeavam pelo local, assistidos por um punhado de guardas. A indstria turstica do Sudo vem sendo devastada pelas sanes econmicas impostas por conta dos conflitos em Darfur e outras regies. O governo Al-Bashir, que chegou ao poder mediante um golpe de Estado, tem tido dificuldade para cuidar desse patrimnio.
O Qatar prometeu uma ajuda financeira de US$ 135 milhes para renovar e apoiar as relquias sudanesas nos ltimos anos, mas Omar disse que o Sudo ainda recebe apenas 15 mil turistas por ano.
