Novos modelos de economia devem ser copiados; diz Magda Nassar
Não questiona-se mais se o papel vai sumir, questionamento que surgiu com a invenção do computador; assim como não se questionam mais se o agente de viagens vai desaparecer, após o surgimento das OTA’s. Da mesma forma, os prestadores de serviços formais também não deixarão de existir frente às economias colaborativas. É a opinião de Silvio Genesini, da Lead Tecnologia durante o debate “Economia colaborativa e o lazer”, do Fórum Turismo Digital. “A tecnologia ajuda na intermediação, mas nada substitui a experiência real. O contato humano, a conversa, a relação; nada disso desaparece e é progressivamente mais importante”, enfatiza.
Para Magda Nassar, da Braztoa, a concorrência sempre existiu. O que mudou é como é feita a distribuição. “O aluguel de casa sempre existiu. O que vamos fazer é copiar. A gente copia bem. E o que é bem feito, principalmente dentro de distribuição, tem sim que ser copiado”, destaca. Nassar ainda lembra que hoje, o caminho é o inverso, as pessoas não querem mais comprar com uma OTA, o cliente deseja o preço de uma OTA.
“O mesmo acontece com o Uber, por exemplo. Quando o app está com tarifa dinâmica, as pessoas optam pelo 99 taxis, por exemplo. O taxi tem um serviço que o Uber não tem, que é o corredor de taxi. Ou mesmo um carro melhor. Temos que desenvolver o que o Airbnb não tem”, diz.
Magda ainda complementa que quando tudo for regulamentado não haverá mais economia colaborativa, o que sobrará é a experiência. “Temos que fazer melhor todos os dias e lutar sempre pelos direitos de distribuição. Não podemos ter ninguém dentro da cadeia que não seja privilegiada. A cadeia de distribuição é muito maior dos que as novas plataformas”, complementa.
Para Joao Carlos Pollak, da ABR, o Airbnb e Uber são os avatares do momento, mas não vai parar por aí. “O Airbnb afirma que oferece uma experiência diferente, mas nós já oferecemos isso há muito tempo. Hoje o Airbnb não é só uma plataforma de acomodação. Ele vende a experiência, vende experiências nas localidades, locação de carro, aéreos… estão se transformando em uma agência de viagens”, destaca.