Nas raízes do lago Titicaca

Existem poucos lugares no planeta onde ainda é possível apreciar formas de vida tão tradicionais e antigas que fazem com que o visitante sinta-se entrando em outro mundo. As ilhas flutuantes dos uros no lago Titicaca, na fronteira da Bolívia com o Peru,  ainda oferecem esta experiência.

Entrar em uma paisagem surrealista como esta, formada por um arquipélago artificial de quarenta ilhas a mais de 3800 metros acima do nível do mar, é uma experiência estética e vivencial única.

Créditos: Nathaly Pinheiro

Titicaca, na fronteira da Bolívia com o Peru, é o lago navegável mais alto do mundo, a uma altitude de 3.812 metros acima do nível do mar

A fotógrafa brasileira Nathaly Pinheiro teve a oportunidade de viver-la com a ousadia de entrar na vida dos uros para compreender e ver além do que observa a maioria. Os elementos que compõem a obra são o lago Titicaca, as totoras e o povo nativo que dá sinais de grande criatividade para sobreviver nesse ecossistema.

Conta um dos Uros que a totora foi a solução encontrada após a perda de suas terras por conta dos conflitos com outros povos há anos atrás. É com a matéria prima que cresce nas profundezas do lago que os uros constroem suas ilhas, casas, embarcações, além de servir como alimento e remédio.

Créditos: Nathaly Pinheiro

É com a matéria prima que cresce nas profundezas do lago que os uros constroem suas ilhas

Nesse mundo de totoras construído sobre a água, a vida diária é mais instável e se degrada rapidamente. As ilhas, embarcações e casas necessitam constante manutenção para garantir a resistência aos efeitos da erosão natural.

As atividades de cada dia se distribuem entre a pesca, que é a principal fonte de alimento, a colheita de totoras, a reconstrução, criação de artesanatos feitas com o mesmo vegetal e a recepção de visitantes curiosos.

Créditos: Nathaly Pinheiro

Os uros vivem basicamente da pesca

Nesta série a autora une passado e presente, já que retrata a vida cotidiana de um povo ancestral que parece resistir frente aos avanços do resto do mundo, tentando manter suas tradições em tempos que impõem outros valores e paradigmas.

O esplendor das embarcações com cabeças de jaguar, o sorriso tímido das crianças, o orgulho com que os nativos compartilham sua cultura, as noites frias que nem dez cobertas amenizam, a força das raízes, tudo faz parte de um registro fotográfico de alta sensibilidade, que procura destacar também que este universo único está em perigo de extinção.

1/5

Crédito da imagem: Nathaly Pinheiro

Nesse mundo de totoras construído sobre a água, a vida diária é mais instável e se degrada rapidamente

2/5

Crédito da imagem: Nathaly Pinheiro

3/5

Crédito da imagem: Nathaly Pinheiro

4/5

Crédito da imagem: Nathaly Pinheiro

5/5

Crédito da imagem: Nathaly Pinheiro

.catraca-theater-inner > ul {
width: 500% !important;
}

.catraca-theater > .catraca-theater-inner > ul > li {
width: 20% !important;
border: none !important;
}

.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-1-2:checked~.catraca-theater-inner > ul { left: 0;}
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-2-2:checked~.catraca-theater-inner > ul { left: -100%;}
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-3-2:checked~.catraca-theater-inner > ul { left: -200%;}
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-4-2:checked~.catraca-theater-inner > ul { left: -300%;}
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-5-2:checked~.catraca-theater-inner > ul { left: -400%;}
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-1-2:checked~.arrow-2,
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-2-2:checked~.arrow-3,
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-3-2:checked~.arrow-4,
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-4-2:checked~.arrow-5,
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-5-2:checked~.arrow-6,dumb {
right: 8%;
display: block !important;
}

.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-2-2:checked~.arrow-1,
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-3-2:checked~.arrow-2,
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-4-2:checked~.arrow-3,
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-5-2:checked~.arrow-4,
.catraca-theater input[type=radio]#theater-btn-6-2:checked~.arrow-5,dumb {
left: 8%;
display: block !important;
-webkit-transform: scaleX(-1);
-moz-transform: scaleX(-1);
-ms-transform: scaleX(-1);
-o-transform: scaleX(-1);
transform: scaleX(-1);
}]]>

  • Crédito da imagem: Nathaly Pinheiro

    1/5

    Nesse mundo de totoras construído sobre a água, a vida diária é mais instável e se degrada rapidamente

  • Crédito da imagem: Nathaly Pinheiro

    2/5

  • Crédito da imagem: Nathaly Pinheiro

    3/5

  • Crédito da imagem: Nathaly Pinheiro

    4/5

  • Crédito da imagem: Nathaly Pinheiro

    5/5

Desde 2011 as Nações Unidas têm alertado sobre o nível alarmante de poluição do lago Titicaca por dejetos humanos, industriais e resíduos minerais provenientes das cidades no Peru e Bolívia. Aos poucos, a contaminação está matando a fauna, flora e prejudicando a agricultura e pesca.

Por Cecilia Hauff, do blog Chica Latinoamericana