Investimento em SI

Após um período intenso de eventos de tecnologia, que incluiu um Fórum Nacional de Segurança de uma grande operadora de telecomunicações que rodou cinco capitais do País, um Seminário Estadual de Tecnologia no Setor de Saúde e, claro, a Futurecom, muitos insights no tema de Cybersecurity foram levantados. A conclusão é que a evolução tecnológica que aponta para o aumento exponencial dos serviços em cloud, dos dispositivos conectados (IoT – Internet das Coisas) e do uso de Inteligência Artificial (AI) e Big Data, não vem sendo acompanhada pelos devidos investimentos em Segurança da Informação (SI).

Pesquisa da Frost Sulivan, feita entre 2015 e 2016, já mostrava que os investimentos em tecnologia no setor de saúde, feitos pelos top 10 players do Brasil, estavam concentrados em Cloud, Datacenter e Big Data – mais de R$ 26 milhões -, contra um pouco mais de R$ 3 milhões, em segurança da informação. E estamos falando de um setor que em 2017 passou a ser o principal alvo de ciberataques no mundo. O Cybersecurity Ventures prevê que só de ataques de “ransomware” – quando o atacante bloqueia dados críticos de uma empresa e cobra resgate em dinheiro para liberá-los – os prejuízos às empresas chegarão a US$ 5 bilhões, em 2017. O mais assustador é que a mesma previsão, feita no primeiro trimestre do ano, apontava para um valor de “apenas” US$ 1 bilhão em 2017, valor alcançado sozinho nos ataques do WannaCry, em maio deste ano.

Na era tecnológica fica claro que não estamos maduros o suficiente nesse assunto, nem mesmo para prevermos e entendermos o cenário que se desenha.

Mateus Bueno. Engenheiro eletricista