Incertezas fazem EUA cortarem número recorde de voos para Europa

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Não há uma previsão de quando tudo voltará ao normal

Todo ano é a mesma coisa. Entre a alta e a baixa temporada uma série de companhias aéreas presentes no mercado internacional reavaliam e reorganizam sua malha aérea a fim de buscar sempre as rotas mais lucrativas. Para o continente europeu, este corte nas operações e, consequentemente, nos gastos acontece geralmente entre os meses de setembro e outubro, com a retomada dos mesmo voos no começo do inverno boreal. Este é o gap anual que as companhias norte-americanas precisam enfrentar e lidar com a baixa demanda e lucratividade.

No entanto, este vai e vem das operações está ficando cada vez mais radical. Para se ter uma noção, há anos as companhias provenientes dos EUA não suspendiam ou reduziam a oferta de forma tão incisiva. Enquanto muitas decisões de reduzir os serviços para a Europa são temporárias, outras têm a cara de serem permanentes. O motivo é um só: queda brusca da demanda por conta do risco de terrorismo, dos problemas econômicos e da polêmica saída do Reino Unido da União Europeia, que, bem ou mal, acaba afetando os números deste mercado turístico. untitled
Rotas como Berlin-NY, Bruxelas-Philadelfia, Dusseldorf-Chicago, Dusseldorf-Los Angeles, Manchester-New York, Paris-Chicago, Paris-NY, entre outras, operadas em grande parte por Air Berlin, American Airlines e Delta Air Lines tiveram seus respectivos futuros já decididos: foram canceladas, suspensas, tiveram corte de demanda ou deixaram de ser regulares.

Para se ter uma noção, as companhias norte-americanas divulgaram as estatísticas operacionais relacionadas ao mês de agosto, período geralmente favorável para a demanda de viagens para Europa a partir dos EUA. American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines registraram queda superior a 4% na taxa de ocupação média de suas aeronaves. A American chegou aos 79% de ocupação (-4,8% em relação a 2015), a Delta chegou aos 82,8% (-4,2%), enquanto a United registrou 81,5% de LF (-4,1% YoY).