De dentro de uma das suítes do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana, o olhar alcança o mar em tons mutantes, o traçado das ondas e o desfile sereno de manhãs que parecem suspensas no tempo. Mas, por trás da vista de cartão-postal, algo maior acontece: o hotel acaba de neutralizar 100% das suas emissões de carbono referentes ao consumo de energia elétrica em 2024. Uma conquista celebrada com discrição, elegância — e ações que vão muito além do discurso.
A façanha, reconhecida com a certificação Raízen Power, equivale à preservação de quase 400 toneladas de CO₂ na atmosfera — ou, em outros termos, ao plantio simbólico de mais de 2.700 árvores. Tudo isso graças à escolha por fontes renováveis como energia eólica, solar e hidrelétricas de baixo impacto. O resultado: um hotel de luxo que opera com impacto zero no meio ambiente, ao menos quando o assunto é eletricidade.
Esse não é o primeiro passo — e, certamente, não será o último. Desde sua construção, o Fairmont já seguia as normas do selo internacional ACQUA-HQE, com mais de 90% dos resíduos da obra reaproveitados. Hoje, tecnologias de eficiência energética estão presentes em cada ambiente: lâmpadas LED, sistemas de ar-condicionado que reaproveitam o calor, isolamento térmico inteligente e automação que permite monitoramento em tempo real do consumo. Mas nada disso compromete o conforto. Pelo contrário: o hóspede sequer percebe. E talvez esse seja o ponto.
Para marcar o momento, nasceu um drink exclusivo que traduz, em forma líquida, o conceito de reaproveitamento. Servido no sofisticado Spirit Copa Bar, o Zero Waste Drink leva Cachaça Pindorama, Lillet Blanc, cítricos, bitter de laranja e um xarope feito a partir da borra do café expresso da casa. O toque final? Espuma de laranja e um pó de ervas desidratadas do jardim
Além do papel: ações, selos e impacto real
Em 2024, o Fairmont tornou-se o primeiro hotel do Rio de Janeiro a receber o selo Green Key, o mais importante certificado de sustentabilidade da hotelaria global. Também integra o programa da ONU contra desperdício de alimentos — e, com o apoio da startup Comida Invisível, atua diariamente na redistribuição de sobras e na formação de equipes com foco em economia circular.
No paisagismo, nada foi deixado ao acaso: a vegetação escolhida exige pouca irrigação, respeita a flora nativa e minimiza o uso de água. Já nas praias próximas, mutirões de limpeza mobilizam hóspedes, colaboradores e a comunidade local.
O novo luxo brasileiro passa pelo Rio — e por escolhas conscientes
No universo dos cinco estrelas, onde a atenção ao detalhe é regra, o Fairmont Rio prova que a sustentabilidade pode ser tão refinada quanto uma taça de champagne. Ou tão sutil quanto a brisa que entra pelas janelas voltadas para o mar.
Entre café reaproveitado que vira coquetel, carregadores gratuitos para veículos elétricos, e uma fachada que se apaga para lembrar a urgência climática, o hotel inaugura uma nova era. Uma em que o verdadeiro luxo está em oferecer conforto sem custar caro ao futuro.
LEIA TAMBÉM:
Com a chegada do Epic Universe, Orlando vive nova fase de ouro — e a hotelaria já sente os efeitos
Balneário SPA São Lourenço: 90 anos de águas terapêuticas em Minas Gerais
AmaSintra: o novo cruzeiro fluvial de luxo que vai revelar os segredos do Douro sob outra perspectiva